Pouco mais de um mês atrás, encontrei Dona Cida na aula de Pilates. Estava faceira, comemorando: “enfim vou descansar, chegou a tão esperada aposentadoria!”, dizia. Ontem nos encontramos novamente e ela já não era a mesma Cida, eufórica. Trazia um ar meio triste, meio cansada. “Acho que vou cansar de descansar”, reclamava. E vi ali um caso clássico de quem trabalhou uma vida inteira sem parar – despreparada para “parar”.

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Especialistas afirmam que aposentadoria “pode ser continuidade, renovação, aprendizado, recolocação, porque uma pessoa com bagagem terá sempre habilidades e perspectivas”. Mas pra isso é preciso “aprender a se aposentar”! Caso contrário, a tendência é ficar deprimido, se sentindo inútil, sozinho e sempre encarado com o “sem nada pra fazer” da família, explica o professor e psicólogo Iúri Luna.

Ele coordena o “Orientação para Aposentadoria”, um trabalho gratuito, desenvolvido na UFSC, que vem ajudando muita gente a ver que existe vida – e muito boa – depois que se “para” de trabalhar.

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– Ensinamos as pessoas a planejarem esse momento: tratamos da saúde, da nutrição, do financeiro, da rede social, da família – explica Iúri.

O público alvo são pessoas que vão se aposentar ou até quem já se aposentou – num total de 10 encontros, um por semana, que podem ser individuais ou em grupo. As inscrições ficam permanentemente abertas.

Informe-se pelo (48) 3721-4989 ou escreva para contatoliop@gmail.com