Abrir a geladeira, ou o armário da cozinha, e se dar conta de que está tudo vazio deve ser até algo normal para quem pode, dali a pouco, ir a um supermercado e reabastecer a casa. O problema é quando a falta de alimento persiste e os dias são de fome, como na casa de três crianças, de três, quatro e nove anos. Moradores da Barra do Aririú, em Palhoça, eles são sobrinhos da nossa leitora Patrícia Inácio, que recorre à Coluna pedindo socorro em nome da família:
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— Os dois mais novos são filhos da minha irmã que, junto com meu cunhado, batalha em busca de um emprego ou serviço, mas vem encontrando as portas fechadas. Ela se vira como pode vendendo lingerie e salgadinhos, enquanto espera ser chamada por algum dos lugares em que deixou currículo para trabalhar como atendente. O marido, servente de pedreiro, vive de bicos – que nem sempre aparecem. Já o mais velho é filho de meu irmão que morreu e é criado pela minha mãe, que não pode trabalhar por ter depressão. Meu pai sofre de epilepsia e só quando está bem consegue sair em busca de serviço também como pedreiro. Eu e meu marido ajudamos como podemos, mas tá difícil e a comida tem faltado sempre. Peço ajuda em nome dos pequenos, que não tem culpa da situação.
TUDO É BEM-VINDO!
— Qualquer alimento é bem-vindo, não tem nada mesmo em casa e isso já dura meses. O que os salva é uma cesta básica ou outra doada pela comunidade — conta a leitora.
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Quem quiser colaborar com as crianças, ou souber de emprego para os pais, pode ligar para a Patrícia no (48) 9844-7842 ou para a irmã Liane, no (48) 8474-2735. Nós vamos atrás da Assistência Social de Palhoça, ver como essa família pode ser assistida.