Presenta da dinda
Do alto dos seus 2 anos e 3 meses, minha sobrinha e afilhada me dá lições de gente grande. Na pureza que guarda uma criança, Maithê me ensina que o mais simples pode ser sim o mais especial. Ela não quer saber de presentes caros ou dos lançamentos: meu “doce anjo” larga tudo por uma pedrinha no chão, uma folhinha de árvore e o que mais quer é que me sente no chão com ela e brinque muito. Neta única, Maithê é cercada do que nós adultos achamos que traz felicidade, mas ela abriria mão de tudo para “simplesmente” nos ter por perto. Seu maior sorriso é quando abrimos os braços, a guardamos num colo gostoso e a enchemos de beijo. Fiquei pensando no que lhe dar de Natal, mas ela me mostra que a resposta é óbvia: estar presente! Quando crescer, minha gatinha, a “dinda” que ser igualzinha a você! Feliz Natal, na simplicidade desta menina e do “menino” que nasceu numa manjedoura!
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Natal para todos
Enquanto você, acredito, vai ter com quem partilhar sua ceia, beijos e abraços na noite de Natal, tem gente que não vai ter a mesma sorte. Mas, bom é saber que nem tudo está perdido. Acabo de conhecer uma turma que bem sabe o que é viver no abandono: são ex-moradores de rua que estão com a “mão na massa” preparando um jantar natalino. Pra quem vai o cardápio de carinho? Exatamente pra quem está por aí, pela Grande Florianópolis. Nossos cozinheiros da alegria fazem parte da Casa de Apoio Liberdade, em São José: um abrigo para pessoas em situação de rua, que conta também com uma Comunidade Terapêutica, para tratar os que são dependentes químicos, ou seja, boa parte deles.
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– É uma forma de colocar-se no lugar do outro, levar carinho e fazer com que nossos internos reflitam o quanto é especial manter-se firme no propósito de voltar a viver – explica Roseli Duarte, coordenadora do projeto. Aliás, “voltar a viver” tem tudo a ver com nascer ou renascer, o que comemoramos neste dia 25, certo? O contato é (48) 3246-4332.