Se eu fosse carimbar em meu passaporte todos os lugares que percorri nos últimos 15 dias, faltariam folhas. Não é exagero: ele registra três novas cidades, destinos concorridos e sonhados — mas essa viagem foi muito além. Na verdade, estou tentando encontrar palavras para descrever o que senti e aprendi a viver nessas férias. Aliás, quem me conhece sabe o desafio que é desligar do trabalho e, literalmente, voar por aí. Se no começo do ano tive uma amostra disso (numa viagem de carro ao Uruguai e Argentina), agora ¿dobrou os encantos¿, como diria minha avó. Retorno com a certeza de que quando você se abre pra vida, ela se abre pra você.

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Lá fui eu…

Sempre tive a certeza que só alguém muito especial provocaria qualquer movimento extra numa vida que não previa malas, aeroportos e chek ins. Bingo! Posso dizer que o amor foi a chave pra eu me dar chances nunca pensadas. O convite agora era para guardarmos um dinheirinho, procurarmos promoções (e são muitas!) e partirmos rumo à Roma, Paris e depois Londres. Em tempos de crise? Sim: o planejamento faz milagres! Marinheira total de primeira (ou segunda) viagem, lá fui eu — com cara, coragem e uma vontade imensa de deixar a vida me surpreender.

Pernas (e pés!) pra que te quero…

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Acho que nunca caminhei tanto na minha vida. Talvez nunca tenha desapegado tanto, também. Deixar o salto, a maquiagem retocada e assumir um tênis (um só mesmo!), um jeans e uma jaqueta (uma só também) que te deixa imensa de grande (mas bem quentinha) não foi uma ideia muito bem-vinda nos primeiros dias. Uma mala só, pra 15 dias, com o básico de roupa, até me assustava. Mas eu não tinha saídas: ou deixava isso de lado ou teria sido em vão sair de casa.

Resolvi deixar, e foi o melhor que fiz! Assim pude focar no nosso propósito: vivenciar as cidades, fazendo tudo (eu disse TUDO) a pé e de metrô. Queríamos também experimentar sabores: dos oferecidos em bons restaurantes às marmitas de mercadinhos aquecidas em micro-ondas. Foi único! Visitamos pontos turísticos, claro, mas caminhamos muito por vias ¿anônimas¿, incríveis, descobrindo pedaços daquelas terras longe do passeio convencional — sem pressa, contemplando. Quem diria hein, Dona Laine?

Muitos ¿Eus¿

O mais especial de uma experiência dessas é o quanto você passa a se conhecer melhor. Sinto que visitei muitas ¿Laines¿ que habitam em mim: cada passo ali fora, era um avanço ¿aqui dentro¿. Retorno revigorada, cheia de saudades, profundamente grata e louca pra me dar novas oportunidades! Quando vai ser a próxima, mesmo?

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