Estou convencida que não há dia marcado pra falar de amor — uma grata surpresa desta semana me traz esta certeza. Eu explico: a proposta da Coluna, dias atrás, era presentear duas pessoas com um par de ingressos pista para o Show de Chitãozinho e Xororó, que acontece neste sábado, no Centro de Eventos Petry, em Biguaçu. Para concorrer, o leitor precisaria me escrever contando por que mereceria ganhar o presente. Difícil escolher a melhor, mas aqui estão os vencedores: Fernanda Juraci Lobo Nunes e Ricardo de Oliveira. Muito obrigada a todos que reservaram seu tempo para participar — em breve, vem mais promoção por aí! Vamos às histórias?

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Na saúde e na doença…

Eles são natural de Florianópolis e hoje moram em Palhoça. Fernanda e Jaílson enfrentaram um grande desafio assim que casaram, 10 anos atrás:

— ele sofreu um acidente de trabalho — caiu de cima do caminhão do bombeiro e perdeu os movimentos. Eu perdi o chão e, por amor, decidi encarar. Larguei meus dois empregos e passei a cuidar dele no hospital, onde ficou por dois meses. Depois que teve alta, caiu a minha ficha: era uma pessoa totalmente dependente de mim. Fiz massagem, dava banho, fazia barba, comida…e encontrei nas canções de Chitãozinho e Xororó o alívio pro meu desespero. Vivia cantando pro Jaílson e ele adorava quando entoava Evidências — a alegria parecia vir a tona. Posso dizer que a música da dupla fez parte do nosso renascimento: meu marido ainda não está 100%, mas quase lá. Mereço ir a este show pra coroar uma caminhada tão vitoriosa — e tão fundamentada no amor — completa.

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Merece sim, Fernanda! Aproveite e mande fotos pra gente depois, hein?

Mal traçadas linhas…

A outra história nos faz viajar no tempo, na época em que namorar era por correspondência. Assim foi com Jorge e Roselei, moradores de Ratones, no Norte da Ilha.

— Ela era de Bom Retiro, trabalhava na roça, e eu na Capital. Nos víamos pouco e por dois anos namoramos praticamente através de cartas. Hoje guardamos as 94 que trocamos naquele tempo — e alimentamos sempre aquele amor mais inocente, que tem saudade, que sonha e planeja um futuro ao lado de alguém. Lá se vão 28 anos juntos, recém completados, e eu sempre sonhei em dar pra esta mulher, meu grande presente, um presente à altura. Mas fica difícil: eu trabalho numa borracharia e ela como auxiliar de serviços gerais. Nossa dedicação sempre foi à família — nunca algo pra nós dois. Por isso, merecemos este momento todo nosso, embalado pela música de uma dupla que faz parte da trilha sonora das nossas vidas — conta .

Bora dançar coladinho com seu grande amor, Jorge. Me conte tudo depois!

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