A semana começa em total estado de gratidão e reflexão! Acabo de completar 23 anos de formada em Jornalismo pela UFSC e me lembro daquele 27 de agosto de 1994 como se fosse hoje: com a mesma emoção e alegria de ter encontrado a profissão escolhida pela minha alma. Isso não tem preço!

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Coincidência ou não, chega às minhas mãos, no mesmo dia deste aniversário, o desejo de um jovem que não vê a hora de trilhar o mesmo caminho – o de ingressar em uma universidade. Aliás, a estrada dele até aqui não foi nada fácil: Wellington Silva de Oliveira, 18 anos, de São José, concluiu no ano passado (com muito empenho e no meio de muitas dificuldades) o ensino médio na Escola Maria do Carmo Lopes, no Bairro Serraria. Detalhe: o garoto tem paralisia cerebral e é cadeirante, além de ser de uma família muito humilde. “A gente é pobre, mas se tem uma coisa que faço de tudo pra dar aos meus filhos é o estudo – e esse meu garoto vai longe se tiver mais oportunidades. Ele é comportado, dedicado e aprende muito rápido, apesar das limitações”, diz a mãe, Josiane Aparecida da Silva, que é faxineira e dá conta sozinha de Wellington e mais dois irmãos.

Sim, oportunidade! Josi teria motivos de sobra pra nos procurar pedindo qualquer outra coisa – mas o que sonha é o sonho dele: um diploma universitário…

Mudaria tudo…

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“Ah Laine, mudaria tudo na minha vida! Qualificado profissionalmente, formado numa universidade, eu daria mais dignidade pra minha família… uma casa e condições melhores de vida pra minha mãe, pros meus irmãos e, tenho certeza, faria uma diferença danada na vida das outras pessoas também – eu sei o quanto o estudo nos torna especiais”, me conta, com uma clareza que emociona, este garoto que coloca muitas pessoas ditas “normais” no chinelo.

E para chegar ao grande sonho, Wellington tem algumas etapas pela frente – e conta com o nosso apoio: o moço quer muito uma bolsa para fazer um cursinho pré-vestibular. “Ia me ajudar muito, mas muito! Minha meta é uma faculdade que me leve a trabalhar com o mundo da tecnologia e da computação. Mas preciso de uma preparação mais focada para concorrer com tantos candidatos”, conta o garoto que, por conta da paralisia cerebral, não consegue escrever no papel, mas digita muito bem em computadores, tablets e celulares.

Vamos ajudá-lo a dar mais este passo? Quem topa, pode ligar para a mãe, Josi, no (48) 98411-9706. Mas atenção: talvez ela esteja em faxina e não consiga atender! Neste caso, procure pela Viviane Baldissera, nossa leitora sempre solidária, que se propõe fazer a ponte com a família. O telefone dela é (48)99119-7680. Teu sonho agora é nosso, amigo!

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Pensando nisso…

Escolhi a comunicação como caminho porque entendo (e valorizo muito) o quanto a vida se comunica comigo das mais variadas formas – e o tempo todo! E não acho, de verdade, que a história deste garoto chegou pra mim à toa ou por coincidência: o exemplo dele veio me comunicar algo, me dar uma “puxada de orelha”, mostrando o quanto, às vezes, reclamo demais da vida e não valorizo o que tenho; depois, o quanto tenho me rendido à minha “zona de conforto”, com preguiça de dar novos passos, colocando a culpa na correria e no cansaço. E ficaria um dia inteiro aqui resgatando as inúmeras lições que o Wellington nos traz, mas vou focar em uma: o ir além de mim e parar de me deixar pra amanhã. O que você pode começar a fazer hoje que há tempos anda adiando?

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