“Aprende comigo enquanto estou vivo!” Essa era uma frase que ouvia constantemente na infância. Hoje entendo que a expressão faz todo sentido e me dei conta disso depois que meu pai deixou este plano, quase nove anos atrás: cheia de culpas, pensava que podia ter feito mais por ele, aproveitado mais a sua companhia, seus ensinamentos – enfim, ter vivido mais intensamente com meu paizão.

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Como é impossível voltar atrás, decidi aprender com a dor! Primeiro me perdoei: reconheço hoje que fiz o meu melhor, com o que sabia. Agora venho tentando acertar mais – e com os vivos. Por isso, no dia em que reverenciamos nossos entes queridos, meu alerta é pra que não esqueçamos de valorizar também os que permanecem, fisicamente, ao nosso lado – enquanto estão.

Quem hoje estaria merecendo mais a sua atenção, um alô, uma visita – seu perdão, seu pedido de desculpas? Quem vibraria de alegria ao saber que ao menos foi lembrado por você?

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De meu pai lembro todos os dias, morro de saudades do Seo Moacir – e a cada lembrança reforço o que não quero mais esquecer: de fazer o que eu posso pelos “meus” hoje, pra não me arrepender depois.