Eles estavam ali, lado a lado, numa plateia atenta e muito disposta a conversar comigo. Talvez há tempos não estivessem tão juntos, dada a correria em que vivem: os mais novos estudantes e estagiários de empresas da Grande Florianópolis; os mais experientes, seus pais, o sustento do lar, todos convidados do Dia da Família promovido pelo CIEE – Centro de Integração Empresa Escola, na Capital, onde a ideia era promover uma aproximação entre esses dois universos (tão diferentes, mas que se completam) e mostrar o quanto isso pode trazer transformações muito positivas, dentro de casa.

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Meu papel era mostrar um olhar de fora, de quem, mais do que jornalista e coach, é filha, e sabe muito bem o quanto a ¿força que vem do berço¿, do pai e da mãe (ou de quem desempenha o papel deles) faz a grande diferença na nossa vida profissional e emocional. E não só isso, o caminho inverso também vale: filhos interessados em como vivem seus pais criam um elo tão forte, uma sensação de acolhimento tão única, que atravessar qualquer desafio fica muito mais tranquilo.

Como vai você?

¿Vocês têm se conversado lá em casa?¿ foi a pergunta que mais silêncio e lágrimas arrancou daquele público. E não a fiz pra gerar culpa, mas reflexão: sou de um tempo em que sentar-se à mesa em família era prazer e conversar sobre o nosso dia, nossos anseios, dificuldades e vitórias, libertador – e renovador. É o tal do ser presente!

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Não adianta deixar seus filhos na melhor escola, com a melhor babá e achar que tudo está resolvido. Como também é tempo jogado fora cobrar atenção dos pais, quando se é um filho que só enxerga o próprio mundo. Os dois lados precisam caminhar mais juntos, querer saber mais ¿como vai você?¿.

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Eu vou bem, obrigada, e ainda melhor depois uma experiência tão rica como esta. Voltei pra casa convencida do quanto o se interessar pelo outro, por quem divide o mesmo teto e a vida, é o que nos reconecta ao ser família, dá sentido ao caminhar juntos – e nos torna muito mais fortes.