Ela nasceu com o talento para a fotografia e decidiu dedicá-lo também para mudar a realidade de crianças que aguardam na fila por adoção e moram numa casa de acolhimento na Grande Florianópolis — a Amar, em São José. Nossa leitora Juçara Hobold é voluntária neste lar, onde todos foram encaminhados pelo Poder Judiciário, por estarem em situação de vulnerabilidade e risco social.
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Enquanto esperam que seus futuros sejam definidos, os pequenos e os jovens que lá residem são atendidos integralmente: com educação, saúde, lazer… E muito amor! Por terem passado por situações complicadas em família (e alguns terem, inclusive, alguma necessidade especial), essas crianças precisam também de um atendimento psicológico e fonoaudiológico — que o município e o Estado até fornecem, “mas que tem uma fila imensa, que não acaba mais”, conta Ju. Foi aí que ela decidiu botar a mão (e o coração!) na massa….
Filhos de Alma
Juçara desenvolveu um projeto lindo, chamado Filhos de Alma, onde fotografa famílias formadas por adoção ou que estejam aguardando para adotar uma criança.
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“Toda renda obtida com os ensaios é revertida para pagar sessões com terapeuta e fonoaudiólogo pra os pequenos acolhidos no lar. O valor integral que a família me paga é depositado diretamente na conta do profissional, que emite nota fiscal no nome do doador e também contribui para o projeto cobrando um valor reduzido nas sessões. O resultado do trabalho é acompanhado de perto pela equipe técnica da casa de acolhimento e também pela assistente social do Fórum de São José — e tem dado muito certo! Acabei de voltar da reunião dos voluntários e prestei contas dos resultados obtidos até este mês. Eu consegui destinar R$ 5 mil, que resultaram em 70 sessões de psicoterapia e 12 de fonoaudiologia. Uma criança atendida pelo meu projeto foi adotada (bingoo! yesss! uhuuu!) e outras duas meninas (que continuam na fila de adoção) hoje fazem psicoterapia e/ou fono”, conta a leitora.
Em busca de mais famílias
Mas Ju nos escreve agora com o coração apertado: “Ainda tem mais três crianças que precisam de terapia — mas o dinheiro que arrecadei está acabando. Nesta semana, com o coração rasgando de dor, cancelei a fono. Atualmente os custos estavam em R$ 840/mês e ficou muito pesado para eu pagar sozinha, pois ajudo elas com muito mais coisas (médico, roupas, passeios, abraços, conversas, etc.). O que mais preciso agora? De ajuda para encontrar mais famílias formadas por adoção ou que estejam na fila de adoção e queiram participar do projeto, topando fotografar”, conta.
Você conhece alguma? Vamos ajudar a Juçara nesta empreitada tão nobre? Se sim, ligue pra ela no (48) 99653-8362. Ah, que quem tiver vontade de colaborar pagando as terapias, pode ligar diretamente na Amar (48) 3034-4555, com a assistente social Daiana. Mais informações sobre o projeto e as fotos lindas da Ju aqui.
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