Se o mar não é perfeito, vamos para a lagoa. Em Balneário Rincão, no litoral sul de Santa Catarina, escolher uma das lagoas de águas limpas e passar o dia sob a sombra das árvores geralmente é a primeira opção para curtir um dia de folga e descanso. São sete lagoas que marcam de azul a planície litorânea, mas apenas três costumam banhar turistas e moradores da região: Esteves, Faxinal e Freitas.
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Na Lagoa dos Esteves, entre as aproximadamente 50 pessoas que curtiam uma segunda-feira ensolarada, estavam o casal Felix e Silvia Radaelli, de Farroupilha, que há 13 anos passa as férias viajando de motorhome pelo Brasil. Eles chegaram às lagoas de Balneário Rincão por indicação de amigos de viagem e também porque abandonaram os planos de permanecer por mais dias em Canasvieiras, em Florianópolis, pelos problemas de balneabilidade.
– Queríamos ficar 15 dias, mas não havia mais condições. Passamos mal, tivemos enjoos e vômitos. Deixamos Canasvieiras, fomos para Governador Celso Ramos e, agora, viemos para cá – contou Felix.
No camping Campestre Park, eles estacionaram o motorhome e aproveitaram a tranquilidade do lugar. Na região, há diversos campings e áreas de lazer que oferecem estrutura como banheiros, restaurantes e piscinas para quem deseja acampar ou apenas passar um dia. O valor da diária é de R$ 10.
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Apesar de receberem um bom fluxo de pessoas nos fins de semana de verão, as lagoas de Balneário Rincão ainda são pouco conhecidas na região. No camping Lago Azul, na Lagoa do Faxinal, Terezinha Gonçalves e Graziela Homem estavam deitadas ao sol, ao lado do carro, enquanto os filhos das duas amigas brincavam na água. Cena que acontecia pela primeira vez para as moradoras de Forquilhinha, cidade a 40 quilômetros dali.
– A gente tem de valorizar mais o que tem por perto. Aqui é muito melhor do que muitas praias e muito seguro para as crianças – avaliou Graziela.
Mas alguns banhistas também criticam a falta de estrutura para receber visitantes. Balneário Rincão se emancipou só há três anos e ainda desenvolve as ações turísticas na região.
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– Falta administração para explorar melhorar as lagoas. É muito verde e água boa para banho. Elas também são próximas ao mar. É um potencial turístico que poderia ser melhor explorado de forma sustentável – disse o contador Edson Canto.