A retirada da lama que se acumulou em metade do leito do Ribeirão Garcia deve começar nos próximos dias. Já a solução emergencial, proposta pelo Samae, deve ter início na semana que vem. A medida prevê a construção de uma barreira de pedras em um dos braços do ribeirão que contorna a Ilha do Sossego, próximo à margem onde ocorre o deslizamento.

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O diretor de Operações do Samae, Maurício Carvalho Laus, explica que a obra serviria para evitar que a água mais limpa, que corre pela lateral oposta, se misture à terra que desce do morro.

Vamos isolar um dos braços do rio e transformá-lo em uma lagoa de decantação: a lama vai escorrer para esse local, os sedimentos vão para o fundo e a água limpa vai correr para o outro lado – especifica Laus.

Logo ao final da extensão da pequena ilha, outra barreira de pedras fecharia a lagoa e ainda filtraria os resíduos da água. Segundo o diretor presidente do Samae, Valdair Matias, as águas se juntariam no fim da Ilha do Sossego com uma turbidez possível de eliminar sem a paralisação da ETA III.

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Para começar, porém, a obra depende de uma permissão da Faema, que só volta aos trabalhos na segunda-feira. O presidente da fundação, Anselmo Lessa, afirma que apenas com uma análise técnica vai poder se manifestar sobre a legalidade da intervenção.

A expectativa é de que o serviço não afete o fornecimento de água. A estação situada no Bairro Progresso é responsável pelo abastecimento de 25% da cidade, o que inclui o Distrito do Garcia e os bairros Bom Retiro, Jardim Blumenau e Centro, onde estão situados três hospitais.

Outra medida cogitada é a mudança do local onde a água é captada, para um ponto acima do deslizamento. No entanto, Matias afirma que seriam necessários mais mil metros de tubulação, além de estudos e projetos que ainda não foram desenvolvidos.

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