A água da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, está imprópria para banho, segundo análise feita pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), após o rompimento de um lago artificial da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), que causou alagamentos em ruas e casas da região na manhã da última segunda-feira (25).
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O resultado das amostras diz que, dos nove pontos examinados semanalmente, cinco deles estão prejudicados. Três dias antes do extravasamento da lagoa artificial, a balneabilidade apontava apenas dois pontos sem condições de receber banhistas. Ainda, conforme o relatório, nos locais mais próximos de onde ocorreu a inundação, os índices de coliformes fecais estão altos.
O extravasamento da lagoa que recebe efluentes da estação de tratamento poderá resultar em multa à Casan ainda nesta quarta-feira (27).
A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) informou que levará em conta os relatórios ambientais, entre eles o que foi entregue pelo IMA, para definir o valor da multa.
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As coletas de balneabilidade ocorrem todas as semanas em nove pontos na Lagoa da Conceição. O relatório é divulgado às sextas-feiras, mas, excepcionalmente nesta semana, a análise foi antecipada por causa do acidente.
Aberta investigação para apurar desleixo da Casan na Lagoa da Conceição
A reportagem procurou a Casan para posicionamento sobre a contaminação da área, mas não teve retorno até às 17h20min.
Pontos impróprios
– Em frente à servidão Pedro Manuel Fernandes.
– Em frente à rua de acesso à Praia da Joaquina.
– Avenida das Rendeiras, na altura do nº 1.480.
– Em frente à rua Manuel Isidoro da Silveira.
– Avenida Osni Ortiga, na altura do nº 2267.
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