Lages é a única cidade de Santa Catarina, entre as maiores do Estado, que apresenta uma queda no número de habitantes. Os dados são da nova estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (27).

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No ranking dos municípios mais populosos de SC, a maior cidade serrana aparece na 10ª colocação, mas demonstra uma redução populacional gradativa desde 2014. Enquanto os outros nove maiores municípios tiveram um crescimento médio de 1,4% neste ano em relação a 2020, Lages apresentou uma redução de 0,2%. 

A diminuição no número de habitantes, porém, não é uma novidade para o município serrano. A última vez que os moradores de Lages viram a população aumentar foi em 2013, quando a estimativa chegou em 158.961 pessoas. 

Desde então, em baixas taxas, a cidade vai perdendo habitantes. De 2014 a 2017, a população diminuiu 0,1% ao ano. Em 2018, a estimativa mostrou a maior redução de moradores (0,5%) e, a partir de então, o número de habitantes passou a reduzir 0,2% ao ano.

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Em números, Lages tinha 156.604 moradores em 2012, que passaram a ser 158.961 em 2013 e, agora, são 157.158. 

Se continuar em um ritmo de redução de 0,2% ao ano e, considerando o aumento populacional de 2021 das demais cidades de SC, Lages vai perder a posição de 10ª maior cidade do Estado em 2023 para Balneário Camboriú e vai descer mais uma posição em 2024, quando Brusque ocupará o lugar da cidade serrana.

Urbanização pode ser uma explicação para a queda

O geógrafo Eduardo Werneck explica que Lages teve a maior queda dinâmica populacional entre 1995 e 2000, mas em 2001 o número de habitantes voltou a crescer e ficou estável até 2010, quando a cidade passou a ter uma nova tendência de queda. 

Uma das explicações para isso é a urbanização, que passou de 91,6%, em 1992, para 98,2%, em 2010. Segundo o especialista, a cidade sempre teve uma das maiores taxas de urbanização do Estado e esse fator pode influenciar na redução de habitantes.

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— A urbanização é alta. É uma cidade que está sofrendo o efeito de uma alta taxa de urbanização com o envelhecimento da população. Cenário semelhante ao que ocorreu na Europa. Uma população urbana tende a ter um controle populacional maior com mais acesso a informações de saúde, demanda de emprego e escolarização — explica Werneck.

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