O americano Kyle Rittenhouse, que matou duas pessoas com um fuzil semiautomático e feriu uma terceira durante as manifestações antirracistas em agosto de 2020 no Wisconsin, foi absolvido nesta sexta-feira(19) em um julgamento amplamente seguido nos Estados Unidos. 

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No quarto dia de deliberações, todos os doze jurados consideraram Rittenhouse, um jovem branco de 18 anos, “inocente” das cinco acusações contra ele, incluindo de homicídio.

Rittenhouse, que enfrentava uma sentença de prisão perpétua, alegou ter agido em legítima defesa. 

Quando o veredicto foi lido, ele soluçou antes de sair rapidamente do tribunal. 

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O julgamento, indicativo das divisões na sociedade americana quanto ao uso de armas, direito à legítima defesa e ao movimento antirracista Black Lives Matter, foi amplamente divulgado no país e como se esperava, suscitou descontentamentos. 

O prefeito democrata de Nova York, Bill de Blasio, criticou o que chamou de “negação da justiça”, enquanto a congressista republicana Mary Miller tuitou: “Deus abençoe a América”.

Como medida de precaução, o governador de Wisconsin pediu a 500 soldados da Guarda Nacional que estivessem prontos para intervir em Kenosha. 

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Em 23 de agosto de 2020, esta cidade na região dos Grandes Lagos foi palco de tumultos depois que a polícia feriu gravemente um jovem negro, Jacob Blake, que foi baleado nas costas durante uma tentativa de prisão.

Kyle Rittenhouse, que tinha 17 anos na época, armou-se com um fuzil semiautomático e se juntou a grupos armados que afirmavam agir para “proteger” os comércios. Em circunstâncias confusas, ele abriu fogo, matando dois homens e ferindo um terceiro. Todas as suas vítimas são brancas.

— Não fiz nada de errado, apenas me defendi —, disse o jovem soluçando durante o julgamento, e garantiu que atirou depois de ser perseguido e atacado pelos três homens, também brancos.  

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