Mesmo com pouco tempo no comando da Costa do Marfim, o técnico Sven-Goran Eriksson deu seu toque de organização ao time e tem afirmado que a seleção marfinense pode fazer frente a todas as equipes do Grupo G. Um dos principais motivos para tamanha confiança pode ser o que o defensor Kolo Touré chama de “mudança de mentalidade” trazida pelo treinador sueco.

Continua depois da publicidade

Às vésperas da estreia da Costa do Marfim, contra Portugal, na Copa do Mundo da África do Sul, o zagueiro falou, em entrevista à Fifa, sobre suas expectativas e ambições no Mundial, e comentou a escolha de Eriksson para o comando da seleção.

– Ele é muito experiente. Ele já treinou as seleções de países importantes no futebol como Inglaterra e México. Com clubes ele ganhou muitos troféus e comandou times como Lazio e Manchester United. Para nós foi crucial a contratação de um técnico com um grande histórico e muita experiência. Eu estou encantado que ele tenha escolhido a gente – afirma Touré.

E o defensor não fica só nos elogios. Faz questão de explicar as razões para tamanha empolgação, destacando o que Eriksson fez, na prática, para a seleção da Costa do Marfim.

– Ele colocou uma ênfase extra em nos fazer jogar como uma equipe e não como uma coleção de talentos individuais. Ele conseguiu mudar a mentalidade do time e de cada jogador individualmente. Nós sempre tivemos bons jogadores, mas nunca conseguimos trabalhar juntos corretamente como uma unidade efetiva, defendendo e atacando como um todo. É nisso que temos trabalhado e esperamos que dê resultado, começando com nossa primeira partida, contra Portugal – dispara.

Continua depois da publicidade

Perguntado se a lesão de Didier Drogba afetou a moral da equipe, Kolo diz que no início foi difícil, pois o jogador do Chelsea é o capitão e principal jogador da equipe marfinense, mas desconversa em seguida, defendendo que a Costa do Marfim tem 23 jogadores e todos estão prontos para defender o país.

– Durante os primeiros dias foi realmente difícil, porque Didier é nosso capitão e melhor jogador. Ele é um goleador que sempre apareceu quando nós tinhamos nossas costas contra a parede. Mas eu já disse que temos 23 jogadores aqui, representando a Costa do Marfim, e são todos estes jogadores que vão vencer os jogos, não o Didier Drogba sozinho. O que conta agora é que todos lutam por todos – explica o zagueiro.

Kolo Touré ainda falou sobre as lições que levou consigo da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006.

– Por um lado há o sentimento que perdemos a grande chance de fazer algo grande. Por outro lado, nós éramos muito jovens e inexperientes, e era a nossa primeira Copa do Mundo. A maneira como nos classificamos, nos fez sentir que estar naquela Copa já era uma grande realização. Agora a coisa é diferente. Nossa ambições são maiores. Nós estamos todos mais focados no mesmo objetivo. E jogar no nosso continente nos dá ainda mais desejo de superar a nós mesmos – finaliza Touré.

A Costa do Marfim estreia na Copa do Mundo da África do Sul, nesta terça-feira, dia 15, contra Portugal. Ainda no Grupo G do Mundial, os marfinenses enfrentam as seleções do Brasil e da Coreia do Norte.

Continua depois da publicidade