Em 1955, quem fazia suas compras no armazém de secos e molhados de Eugênio Raulino Koerich, no município de São Pedro de Alcântara, talvez não imaginasse que aquele seria o berço de uma das maiores redes varejistas do país. De acordo com o ranking “Valor 1000”, elaborado pelo jornal Valor Econômico, a rede Lojas Koerich está entre as três melhores empresas de seu setor no país.

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A lista inclui as 1.000 maiores empresas brasileiras, divididas em 26 categorias. No segmento de varejo, a empresa familiar catarinense conquistou posição no pódio e isso só foi possível, segundo o diretor financeiro, Sergio Koerich, devido a três fatores determinantes.

— Seguindo a linha de raciocínio do nosso pai, os três fatores para alcançarmos esse reconhecimento foram: trabalho, trabalho e muito trabalho. Dedicação, comprometimento, equipe engajada e a aproximação dos nossos clientes sempre norteou todas as nossas iniciativas. Nosso processo de expansão é calcado em decisões estratégicas, assertivas e capitalizadas — destaca Sergio.

sergio koerich
Sergio Koerich, diretor financeiro das Lojas Koerich (Foto: Divulgação)

Ao longo de seus 66 anos, a Koerich passou por três gerações. No início, o armazém de Eugênio foi a grande inspiração para seus três filhos, os irmãos Walter, Orlando e Antônio. Após aprenderem com o pai, decidiram dar um passo à frente: abrir uma mercearia no antigo Mercado Público de Florianópolis. Com o espírito empreendedor presente no DNA da família, os três fortaleceram a história da empresa, que vem investindo constantemente em novos mercados, inovação e tendências.

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Exemplos disso são o Supermercado Koerich, fundado na década de 1960, assim como a Koerich Magazine e a Casa Atacadista. Esses empreendimentos surgiram na mesma época da loja de móveis e eletrodomésticos Koerich, inaugurada no Centro de Florianópolis, do Consórcio Koerich e da Koesa, primeira concessionária da Volkswagen na capital catarinense. Anos mais tarde, já na década de 1990, a empresa participou da fundação do primeiro shopping center de Florianópolis, o Beiramar Shopping.

Todos esses investimentos e a diversificação de setores fez com que o nome da família Koerich se fortalecesse cada vez mais no Estado e, em 1994, com a cisão entre as empresas, cada uma delas passou a ter uma administração isolada. Foi nesse período que Antônio Koerich assumiu a frente das Lojas Koerich e, ano após ano, conquistou cada vez mais espaço no dia a dia dos catarinenses, com a loja “Gente Nossa”.

— O “capital humano” sempre será nosso maior bem e, por isso, ao longo dos anos, fomos trazendo para o varejo facilidades, ampliando nossa capilaridade e contribuindo para o desenvolvimento de Santa Catarina — reforça o diretor financeiro.

Pioneirismo e inovação

Estar entre os três maiores varejos do Brasil não é a linha de chegada: a Koerich projeta crescer muito mais nos próximos anos. Com um plano de expansão acelerado desde 2020, foram inauguradas mais de dez novas lojas, mesmo em meio a um cenário econômico instável, apostando na força da marca e na recuperação do mercado.

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— Estamos chegando em regiões que ainda não contavam com a nossa marca, como a Serra e o Meio Oeste do estado — conta Sergio.

Nos próximos anos, a aposta da empresa se concentra nas mega lojas, conceito que se baseia em oferecer ao consumidor tudo o que possa precisar em um só lugar.

— Além das lojas físicas, temos também a facilidade das compras remotas não apenas via site ou aplicativo, mas com contato direto com o vendedor de confiança — completa.

Hoje, o que começou com um armazém e uma mercearia, se consolida como uma rede de 118 lojas presente em 57 cidades catarinenses, e que gera mais de 1.400 postos de trabalho.

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— Passamos por diversas transformações ao longo desses anos, acompanhando também as necessidades dos consumidores. Fizemos investimentos em tecnologia e inovação, contudo, sem jamais deixar de investir em pessoas — finaliza.

Entenda o ranking

Em sua 21ª edição, o ranking “Valor 1000” avalia critérios como receita líquida, o lucro líquido e o indicador de desempenho Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

A lista é elaborada por profissionais do Valor Econômico, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Serasa Experian, a partir das informações financeiras e contábeis, coletadas de dados públicos ou fornecidas pelas empresas, para avaliar receitas, margens, despesas, dívidas e outros aspectos de empresas dos 26 setores de atuação que integram o ranking.

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