Considerado um dos maiores jogadores de basquete da história, o americano Kobe Bryant, 41 anos, morto em acidente de helicóptero neste domingo na Califórnia, Estados Unidos (EUA), viveu o esporte desde a infância. Filho de Joe Bryant, ex-jogador da NBA, Kobe começou a jogar basquete ainda aos 3 anos.

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Já no Ensino Médio, com estrondoso sucesso atuando pela Lower Merion High School, optou aos 17 anos por não ir à faculdade e tentar uma vaga direta na NBA no Draft de 1996. Ao ser selecionado pelo Charlotte Hornets como a 13ª escolha daquele draft, a pedido do Los Angeles Lakers, que havia negociado sua escolha no draft com o time de Charlotte, ele se tornou apenas o sexto jogador da história a ir direto do High School para o NBA.

Após um período de ajuste à liga americana, Bryant começaria a se mostrar como uma grande estrela a partir de 1999, após a chegada à franquia californiana do técnico Phil Jackson – que havia feito história comandando o Chicago Bulls de Michael Jordan no início dos anos 1990.

Sob as orientações do treinador, o jogador se tornou um dos destaques da equipe que chegaria ao tricampeonato consecutivo da NBA, conquistando os títulos de 2000, 2001 e 2002.

Em 2003, o Bryant foi preso pela polícia de Colorado acusado de assédio sexual contra jovem de 19 anos em um hotel na cidade de Edwards, onde ele estava antes de realizar uma cirurgia. Segundo o relato da jovem, ele a teria estuprado em seu quarto de hotel.

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O jogador admitiu que havia tido relações sexuais com a jovem, mas negou que a teria assediado. O caso foi arquivado depois que a jovem se recusou a prestar depoimento à polícia. Mais tarde, ela abriu um processo civil contra o jogador. Em decorrência desse processo, ele teve que pedir desculpas públicas à jovem, mas sem nunca admitir o estupro.

Após uma série de temporadas sem sucesso na liga e criticado pela mídia, Bryant voltou a brilhar em 2008, quando conquistou pela primeira e única vez o troféu de jogador mais valioso da temporada (MVP). Os Lakers chegaram à final da NBA naquele ano, mas perderam o título para o Boston Celtics.

Na temporada seguinte, porém, ele comandaria o time à conquista, repetindo a dose em 2010. Nas duas ocasiões, foi eleito o melhor jogador das finais da NBA. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2013, Bryant agradeceu ao Brasil pela influência em sua carreira por meio de nomes do esporte.

— Brasil, você não tem ideia de quanto impactou minha vida e carreira, desde Pelé até Oscar Schmidt. Obrigado!

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A admiração por Oscar começou quando o pai de Kobe, Joe Bryant, jogava na liga de basquete profissional italiana. Lá a família conheceu Oscar e o brasileiro passou a ser uma referência para Bryant.

— Eu cresci na Itália, assistindo aos jogos de Oscar Schmidt, e ele se tornou um ídolo meu. Não era tão conhecido nos Estados Unidos, mas era um jogador excelente. Eu conversei com ele durante as Olimpíadas, tive a chance de falar um pouco com ele. Eu realmente gostava de vê-lo jogar quando eu era criança — disse Bryant à imprensa quando Oscar foi eleito para o Hall da Fama do basquete nos EUA.

Bryant se aposentou do basquete em 2016 com números impressionantes. Fez, no total, 33.643 pontos (média de 25 por jogo), 7.047 rebotes (5,2 por jogo) e 6,306 assistências (4,7 por jogo)