Na mais contundente entrevista de um jogador nesta pré-temporada do Grêmio, Kleber disse neste domingo que o esquema tático adotado no ano passado foi o responsável pela baixa produção ofensiva dos atacantes. Ao projetar as chances da equipe na Libertadores, o atacante afirmou que, em 2014, o Grêmio conta com mais jogadores “com vontade de ganhar”.
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Nenhum nome foi citado. Nas declarações, contudo, pode ser lida uma clara referência a jogadores como André Santos e Cris, que saíram depois da Libertadores, sem falar no próprio técnico Vanderlei Luxemburgo. Mais tarde, saíram Dida, Elano e Vargas.
– Este ano, temos no grupo jogadores com sede, com fome de vitórias, um grupo diferente – disse o jogador – Na sequência, Kleber foi ainda mais direto – Temos visto que chegaram jogadores com fome, com vontade ganhar, com vontade de dar um salto na carreia. Faltou isso no ano passado. Havia muitos jogadores que vinham em outra situação, só chegaram para jogar a Libertadores.
No jogo-treino contra a seleção de Barbosa, sábado, Kleber marcou dois gols na vitória de 4 a 0. Em partidas oficiais, a última vez que havia marcado foi em 7 de setembro, contra a Portuguesa, na Arena. No Brasileirão, o atacante passou um turno inteiro sem fazer a bola entrar.
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– Depois de Renato, o time tinha praticamente três zagueiros e três volantes. Não havia meia. Abraçamos a causa, sabíamos da dificuldade. Nós, atacantes, roubávamos mais a bola do que jogadores do meio-campo – apontou. Kleber foi ainda mais específico. Disse que, este ano, em que o esquema é mais aberto, os atacantes não terão desculpas caso os gols não saiam.
– No ano passado, vínhamos até o meio-campo marcando os volantes. Este ano, a marcação é por pressão, lá na frente, mais perto do gol. Saíamos de campo muito cansados, mas era o que precisava ser feito. Sabíamos que ganharíamos menos, iríamos sofrer bastante, mas conseguimos o planejado. Acho que foi um ano bom para o Grêmio. Este ano, se não sair gol, o problema é que não conseguimos fazer – analisou.
Ao comparar seu início de ano com 2013, Kleber vê situações antagônicas. Lembra que, enquanto o time fazia a pré-temporada, ele se recuperava de lesão. – A diferença é gritante. Comecei o ano operado, de muletas. Foram seis meses praticamente perdidos. E aí tive que correr atrás de todo mundo. Eu perdi muito tempo o ano passado.
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