Os kits para diagnóstico rápido da gripe suína (H1N1) deverão chegar aos laboratórios brasileiros nesta terça-feira de acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Segundo Rubén Figueroa, gerente de prevenção e controle de doenças da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS no Brasil, na tarde desta segunda-feira os kits foram despachados de Atlanta, nos Estados Unidos, para vários países.
Figueroa ressalvou, no entanto, que os laboratórios deverão começar a usar os testes mais no fim da semana. Segundo ele, ainda é preciso que se faça, no Brasil, testes com os kits, provas internas e certificação do produto antes de serem utilizados para diagnosticar a doença.
– Para a OMS, a transmissão do vírus nas áreas afetadas está sem controle e a qualquer momento pode ser declarada a mudança de fase da pandemia. Lamentavelmente esperamos que os casos continuem aumentando e que o número de países com casos suspeitos continue também aumentando. A qualquer momento pode ser declarada a fase de alerta seis – declarou Figueroa.
No entanto, ele alertou que o nível de alerta pandêmico seis não significa que a doença está assumindo formas mais graves. Não se trata de um critério de gravidade e, sim, de identificação da forma com que a doença está sendo transmitida. Figueroa disse ainda que a OMS está especialmente preocupada com a situação do Reino Unido e da Espanha, onde casos da doença foram diagnosticados em pessoas que não tiveram contato com pessoas que estiveram em áreas afetada, ou seja, por infecção local.
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Mesmo diante da eminência de pandemia, a OMS disse que não fará recomendações de restringir viagens e alega que tal medida não tem eficácia para conter o avanço da gripe. Outra recomendação da OMS é para que as pessoas idosas não deixem de tomar a vacina para a gripe sazonal, alvo de campanha do Ministério da Saúde no Brasil.
– A preocupação não deve ser apenas com a gripe ocasionada pelo vírus H1N1. É importante lembrar que a gripe sazonal causa cerca de 30 mil mortes nos Estados Unidos e no Hemisfério Sul também mata muita gente. Agora é a época de se vacinar contra esse tipo de gripe e isso é uma forma de se manter saudável e resistente ao novo vírus – destacou.
Hoje, a OMS divulgou ainda que o vírus que infectou uma criação de porcos na região de Alberta, no Canadá, é o mesmo que vem causando a pandemia, ou seja, o H1N1. No entanto, ainda estão sendo realizados testes para saber como ocorreu a transmissão. “Existem informações ainda não confirmadas de que esse vírus pode ter sido transmitido aos porcos por um funcionário da fazenda que estava doente”, informou.
No entanto, Figueroa ressaltou que não há motivo para recomendar a interrupção do consumo de carne de porco.
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– Não há caso de pessoas infectadas por contato com porcos ou pelo consumo de carne de porco. As transmissões estão ocorrendo de pessoa para pessoa – ressaltou.
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