O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, garantiu nesta sexta-feira que foram as armas nucleares – e não as negociações – que permitiram fechar o acordo “histórico” com Seul para acabar com a escalada militar na península.
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O jovem dirigente, que presidiu a reunião da Comissão Militar Central, explicou que graças à Coreia do Norte o acordo foi concluído e colocou dois Estados adversários no caminho “da reconciliação e da confiança”, segundo a agência oficial de notícias KCNA.
O acordo negociado na localidade de Panmunjom, na fronteira comum, permitiu reduzir a tensão militar quando os dois países pareciam à beira do confronto.
Seul se comprometeu a desligar os alto-falantes que faziam propaganda na fronteira, enquanto Pyongyang expressou seu arrependimento pela explosão de minas que mutilaram dois soldados sul-coreanos, no início do mês.
Os dois países também concordaram em dialogar.
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Para Kim Jong-Un, isto não quer dizer que seu país negociará sobre um eventual final de seu programa de armamento nuclear, algo que foi um fator essencial para a paz.
O acordo de Panmunjom “não foi obtido na mesa de negociações, e sim graças a gigantesca força militar e de dissuasão nuclear defensiva” da Coreia do Norte.
A “prioridade número um” é manter os esforços para reforçar as capacidades militares da Coreia do Norte, disse Kim.
O líder norte-coreano reconheceu que o acordo representa “uma ocasião histórica determinante” que poderá inaugurar uma nova era nas relações bilaterais.
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As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra há 65 anos, já que o conflito terminou com um simples cessar-fogo, sem um tratado de paz formal.
* AFP