Kelly Slater estréia dando show nas ondas de Trestles

A estréia do americano Kelly Slater em Trestles, onde, em casa, defende o título da sétima etapa do Circuito Mundial (WCT) e a liderança do ranking, não poderia ser como outra qualquer. Tinha de ser em grande estilo. Em ondas de até 2m, o octacampeão mundial tirou notas 9,60 e 9,00 e, com 18,60 pontos (em 20), deixou o compatriota Shane Beschen e o australiano Dayyan Neve na chamada “combinação”, mais delicada situação em que um surfista pode se encontrar. Slater passou direto para a terceira fase, e mandou os rivais para a repescagem. As informações são do site GloboEsporte.com.

Vice-líder do ranking, o australiano Joel Parkinson também se classificou com facilidade, assim como o também aussie Mick Fanning, atual campeão mundial e quinto da temporada. Três surfistas do top 10 não tiveram a mesma sorte. Os australianos Bede Durbidge, terceiro, e Taj Burrow, quarto, e o havaiano Andy Irons, sétimo. Taj perdeu no duelo vencido pelo havaiano Sunny Garcia, que compete como convidado.

Mick Fanning fez a segunda maior soma do dia: 17,90 pontos, com notas 9,57 e 8,33 na bateria que tinha como convidado o americano Rob Machado, vice-campeão mundial em 1995.

Shane Beschen abriu as disputas com um 5,00. Slater veio logo atrás e, com duas boas rasgadas, ganhou 7,67. Dayyan Neve tinha 5,50. O octacampeão desperdiçou a segunda e a terceira onda, fracas (0,20 e 1,00). Era uma questão de tempo.

Beschen estava em terceiro e precisava de pouco mais de 5,00 para virar. Conseguiu aos 10 minutos, numa direita que lhe rendeu 7,00. Como Neve tinha um 4,00, Slater caiu para a lanterna.

Mas paciência nunca faltou a Slater. Ele esperou e, a 12 minutos do fim, recuperou a liderança em grande estilo. Dois floaters, além de rasgadas e batidas, renderam a ele a maior nota do campeonato: 9,60. Com 17,27 pontos, deixou os rivais em combinação. Beschen se esforçou e conseguiu sair dessa situação na onda seguinte. Ganhou 7,97 e passou a precisar de um 9,31.

O octacampeão, no entanto, encarou a onda de Neve como um desafio. E, embora sua liderança estivesse longe de ser ameaçada, arrancou um 9,00 depois de dar um aéreo muito alto. Novamente, os adversários se viram em combinação. Somente soma de 18,61 em duas ondas os salvariam.

– Foi muito divertido, as ondas realmente estão muito boas. São as melhores ondas do verão – diz Slater.