A vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris está sendo considerada como uma possível substituta do presidente Joe Biden na candidatura democrata para as eleições de 2024. A informação é da agência de notícias Reuters.
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O desempenho de Biden no primeiro debate eleitoral, no último dia 27, aumentaram os rumores sobre a indicação de um possível candidato alternativo para substituir o atual presidente. Kamala Harris, 59 anos, ex-senadora dos EUA e ex-procuradora-geral da Califórnia, seria a primeira mulher a ser presidente dos Estados Unidos se for a indicada do partido e se vencer a eleição de 5 de novembro.
Até o ano passado, parte da Casa Branca e da equipe de campanha de Biden temia que a vice fosse um fator negativo para a campanha. A situação mudou à medida que ela se destacou em questões de direitos ao aborto, desde que a Suprema Corte revogou o direito constitucional das mulheres ao aborto em 2022, e conquistou eleitores jovens.
Alguns importantes democratas preferem Harris como candidata, acreditando que suas chances são melhores que as de Biden. Entre as pessoas que sinalizaram apoio a Kamala, caso Biden desista, estão o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, e os deputados Jim Clyburn, Gregory Meeks e Summer Lee.
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Pesquisas mostram que ela poderia ter chances melhores do que Biden. Um levantamento da CNN mostra Trump à frente de Biden em seis pontos percentuais (49% a 43%), embora empatados tecnicamente dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Kamala também ficou atrás de Trump (47% a 45%) — e também com empate técnico. Entre eleitores independentes, a vice tem vantagem numérica sobre Trump (43% a 40%), e eleitores moderados de ambos os partidos também a preferem (51% a 39%).
— Biden já está atrás de Trump e é improvável que consiga superar essa diferença dada a situação atual de sua campanha. Ter Kamala provavelmente melhora as chances dos democratas de conquistar a Casa Branca. Há potencialmente mais vantagens para as chances dela do que para as de Biden neste momento — disse Sonu Varghese, estrategista da Carson Group, uma empresa de serviços financeiros, segundo a Reuters.
No entanto, Harris enfrenta desafios, como a necessidade de atrair democratas moderados e independentes, além de lidar com ataques racistas e sexistas. O agregador de pesquisas Five Thirty Eight aponta que 37,1% dos eleitores dizem aprovar Kamala, contra 49,6% que dizem reprová-la. Respectivamente, esses números são 36,9% e 57,1% para Biden, e 38,6% e 53,6% para Trump.
— Sua maior fraqueza é que sua imagem pública tem sido associada à ala mais à esquerda do Partido Democrata, que não pode vencer uma eleição nacional. Esse é o desafio que ela terá que superar se for a indicada — disse Dmitri Mehlhorn, arrecadador de fundos.
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Caso Biden desista, a competição interna no partido pode ser intensa, mas muitos acreditam que ignorar Harris poderia alienar eleitores. Alguns democratas dizem que o partido perderia o apoio de eleitores negros que foram fundamentais para a vitória de Biden em 2020.
— Não há alternativa além de Kamala Harris — disse Adrianne Shropshire, diretora executiva do grupo de alcance de eleitores negros BlackPAC.
— Se o Partido Democrata acha que tem problemas agora com sua base confusa, pular a mulher negra …eu não acho que o Partido Democrata realmente se recupere — complementa,
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