Ao contrário do que a data sugeria, o 1º de abril de 2013 não era Dia da Mentira para o volante Kadu. Foi justamente o oposto disso. Foi a data em que o então garoto de 16 anos deu os primeiros passos porta a dentro do Joinville para transformar em realidade o sonho de se tornar jogador de futebol profissional.
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Agora, três anos depois, Kadu é a cara do JEC, que estreia na Série B do Campeonato Brasileiro neste sábado, às 21h, contra o Luverdense, no Mato Grosso.
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Da chegada às categorias de base do JEC até a primeira chance como titular, foram dois anos de muito trabalho. A primeira oportunidade foi dada por Hemerson Maria, na segunda rodada do Catarinense de 2015, como lateral-esquerdo. Mas foi com PC Gusmão, na Série A, que o jovem ganhou o status de titular no meio de campo.
Conhecer o longo caminho percorrido por Kadu para se firmar no Joinville ajuda a entender porque o atleta já atuou como lateral-esquerdo, como volante mais de marcação ou até como meia com mais liberdade para sair para o jogo — posição na qual foi um dos destaques do Catarinense, de acordo com o Prêmio Top da Bola.
— Lá em Bombinhas, quando comecei em uma escolinha, eu era lateral-esquerdo para aprender a marcar. Depois, o treinador me colocou como atacante para aprender a fazer gol. Depois disso, virei meio de campo, para aprender a marcar e a fazer gol — afirma o volante, que balançou as redes três vezes durante o Estadual.
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Natural de Itajaí, Kadu se mudou para Bombinhas com a família ainda na infância. Mais tarde, um pouco mais velho, ele retornou para a cidade portuária e começou a jogar no infantil do Marcílio Dias. Foi lá que o seu caminho se cruzou com o de Jersinho, técnico da base.
— Eu jogava de meia, mas o Jersinho falou: ‘No meu time, você vai jogar de volante’. Eu falei que não queria, mas ele respondeu: ‘Não tem querer, você vai jogar’ — lembra o atleta, percebendo a escolha acertada que o ex-comandante fez para sua carreira.
Filho de peixe, peixinho é
Foi nas areias das praias de Bombinhas que Carlos Antônio dos Santos percebeu que o seu filho poderia ser jogador de futebol. Quando Kadu brincava com a bola, os curiosos paravam para saber mais sobre o moleque loirinho bom de bola.
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— Os primeiros passos foram em Bombinhas mesmo. A gente ia correr na praia e brincava com a bola. Às vezes, os argentinos, os gaúchos, turistas, ficavam olhando e falavam que ele seria profissional. Dava para ver que ele tinha perfil para ser jogador — recorda o orgulhoso pai.
Kadu realizou o sonho que o pai não conseguiu. Carlos Antônio chegou a jogar na base do Marcílio Dias, mas não pôde se dedicar à carreira de atleta porque tinha que trabalhar. Depois, se dedicou ao futebol amador. A posição em que jogava?
— Sempre joguei como meia. Eu era sempre o camisa 8 e também jogava um pouco como volante — conta o pai, como se descrevesse a função cumprida por Kadu em campo atualmente.
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