A necessidade de fazer diferente é tanta que nem o esquema o Juventude pretende repetir diante do ABC, sábado, às 16h10min, no Estádio Frasqueirão, pela 22ª rodada da Série B. O retrospecto alviverde no atual campeonato está longe de ser animador quando cruza com um lanterna, ou próximo disso, pelo caminho.

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Contrariá-lo, portanto, é objetivo compulsório de quem se encontra involuntariamente engajado na concorrência direta para evitar o rebaixamento.

Dos clubes que estão em sua vizinhança ou abaixo dele próprio na tabela, o Juventude conseguiu a proeza de, até agora, não ganhar de quase nenhum. O único que enfrentou duas vezes, o Duque de Caxias, lhe rendeu apenas um (suadíssimo) ponto arrancado no Alfredo Jaconi, em seis disputados nos dois confrontos.

Contra o Fortaleza, realizou o mais difícil: saiu atrás, virou o placar com dois gols do atacante Jandson e concedeu uma (re)virada aos donos da casa durante o segundo tempo do confronto no Estádio Castelão, na capital cearense.

Diante do então lanterna disparado e time de campanha mais constrangedora nesta Série B do Brasileiro, o Campinense, a equipe alviverde fazia um esforço sobre-humano para segurar o 0 a 0, até que uma falha do goleiro Gatti, aos 46 minutos do segundo tempo, tornou o Juventude um dos raros participantes da competição a voltar de Campina Grande, na Paraíba, com uma derrota vexatória.

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A única honrosa exceção até o momento é justamente o adversário deste sábado. Na verdade, foi contra o ABC, no Alfredo Jaconi, que a papada comemorou sua primeira vitória no campeonato: 2 a 0, no dia 23 de maio. Se no reencontro com a equipe potiguar o Juventude mudar a escrita e emplacar os seis pontos no conjunto de duelos, talvez num futuro breve o técnico Ivo Wortmann possa mudar, além do esquema, o discurso:

– Não podemos sonhar distante e esquecer a realidade: primeiro temos que sair do rebaixamento, para depois pensar em Série A.