Quando foi apresentado com pompa e circunstância no almoço festivo que celebrava os 96 anos do Juventude, o ginásio do Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC) erguia a público a face mais vistosa do ambicioso complexo de treinamentos projetado pelo clube. Menos de um ano após aquele 28 de junho, porém, o pavilhão está cerrado sob tapumes, ainda inconcluso.

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Um mestre-de-obras e vários pedreiros foram substituídos por um zelador e cachorros. O trabalho parou. E não tem previsão de ser retomado.

– Esperamos resolver tudo até o fim desta gestão – estima o atual vice-presidente administrativo e financeiro Luiz Carlos Ghiotti.

A primeira questão é técnica. A fiscalização municipal flagrou irregularidades na obra, que integra a bacia de captação do Complexo Dal Bó. O Juventude foi multado em R$ 50 mil.

– Não houve nenhum dano tão grande que não se possa resolver com boa vontade. Sempre estivemos em sintonia com o meio ambiente. O projeto de água é todo autossustentável. A gestão atual e a anterior já estão trabalhando juntas para solucionar tudo. E vai ser solucionado – garante o ex-vice de patrimônio, José Antônio Boff.

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O segundo motivo da parada nas obras, desde outubro, é financeiro. Naquele momento o time se debatia na Série B, e os recursos cada vez mais escassos foram direcionados na tentativa de impedir o rebaixamento à terceira divisão. Divergências em torno da obra – e o que fazer de agora em diante – também passam pelas diferenças políticas entre as direções anterior e atual.

Um grupo de engenheiros, arquitetos e especialistas em obras foi selecionado entre papos dispostos a trabalhar em regime voluntário no projeto do CFAC.

– É uma equipe para avaliar e resolver o problema. Dependendo do laudo que eles nos passarem, a gente derruba tudo e faz de novo _ afirma o presidente Milton Scola.

Confira a reportagem completa no Pioneiro desta quinta-feira.