A sessão que decidiria pela cassação ou não do vereador Lédio Gerhardt (PP), de Biguaçu, nesta terça à noite, foi suspensa, graças a uma liminar emitida durante a manhã pela 2ª Vara Cível de Biguaçu. O político é investigado por reter parte do salário de um assessor. Gravações de conversas entre ele e o ex-funcionário foram apresentadas como prova do esquema.
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Uma comissão da Câmara de Vereadores do município foi criada em maio do ano passado para tratar do assunto e a sessão desta terça marcaria o desfecho deste processo. De acordo com a assessoria da Casa, ainda não há nova data.
Esta foi a segunda vez que a reunião foi suspensa. Na terça-feira da semana passada também houve cancelamento, mas a pedido do próprio presidente da Casa, Luiz Roberto Feubak (PSD). A explicação, naquela vez, foi de que o vereador Lédio teria direito a mais uma semana para apresentar defesa.
– A liminar, nesta terça foi uma surpresa para a gente. Vamos recorrer desta decisão – declarou o presidente da Câmara, ao saber do parecer judicial.
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De acordo com o advogado de defesa do vereador Lédio, Luiz Magno Pinto Bastos Junior, uma série de irregularidades durante a investigação foram levadas em conta pela Justiça para conceder a liminar. A principal é que a comissão não teria respeitado o direito de defesa do vereador.
– O nosso cliente só participou da primeira sessão marcada para tratar do assunto. Para se ter uma ideia, ele não foi intimado para ouvir o depoimento do denunciante – alegou o advogado que defende o pepista.
A defesa explica, ainda, que a comissão tinha 90 dias para encerrar o processo, mas o prazo, irrevogável, foi estendido por mais de um ano, o que é irregular.
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