A meta do governo do Estado de reduzir pela metade a ocupação do Presídio Central de Porto Alegre só será possível com a contratação de novos agentes penitenciários, conforme decisão da Justiça. Nesta segunda-feira, o juiz Martin Schulze acolheu pedido do Ministério Público (MP) e determinou a suspensão imediata da transferência de apenados.

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Nas próximas semanas, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) planeja encaminhar 393 presos para Canoas, 300 para Venâncio Aires e 250 para Charqueadas. Até o final do ano, a previsão é de 2.415 detentos do Central recolhidos em Canoas, e 672 em Guaíba. A população carcerária do Presídio Central é, hoje, de 3.921 pessoas.

Estado dá largada na transferência de presos do Central

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De acordo com o juiz Schulze, “simplesmente transferir a problemática deste presídio para uma construção nova em nada resolverá o sistema prisional como um todo e, por óbvio, será transformar o prédio novo em similar ao que se determinou desativar. A solução, além dos prédios, passa pela contratação de servidores em número adequado para o controle da população carcerária”.

A preocupação do Ministério Público é que a falta de funcionários faça com que os apenados fiquem livres de gerenciamento e continuem praticando atividades ilícitas, como tráfico de drogas e assassinatos. Consultada por Zero Hora, a Susepe disse que só vai se manifestar após ser notificada.