A Justiça suspendeu a investigação contra o youtuber Felipe Neto, três dias após o influenciador ter sido intimado para depor por suposto crime de calúnia e crime contra a segurança nacional. A acusação foi feita pelo vereador Carlos Bolsonaro, após Neto ter postado em suas redes sociais declarações acusando o presidente Jair Bolsonaro de genocida.

Continua depois da publicidade

O site UOL teve acesso a decisão da Justiça assinada pela juíza Gisele Guida de Faria. A magistrada aceitou os argumentos apresentados pela defesa de Felipe Neto e entendeu que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Estado do Rio de Janeiro (DRCI) não possui atribuição legal para investigar os supostos crimes investigados.

A decisão ainda vê “flagrante ilegalidade” praticada por Carlos Bolsonaro, porque ele “não integra o Ministério Público, não é militar responsável pela segurança interna, nem é Ministro da Justiça”. O UOL não localizou Carlos Bolsonaro para comentar o teor da decisão. A Justiça ainda entende que a Polícia Civil não possui atribuição para abrir o procedimento.

> Rick Bonadio critica funk na cerimônia do Grammy e Anitta rebate

Após a decisão, o youtuber se pronunciou em suas redes sociais. “Vitória! Justiça suspende investigação feita a pedido de Carlos Bolsonaro contra mim”, escreveu.

Continua depois da publicidade

Na segunda-feira, 15, Neto pubicou um vídeo falando sobre a intimação e avisando que iria enfrentar todas as tentaivas de silenciamento.

> Felipe Neto desabafa sobre coronavírus em Blumenau e coloca cidade nos assuntos do Twitter

Após o anúncio da suspensão da investigação, o youtuber revelou a criação do projeto “Cala boca já morreu”, uma frente de defesa gratuita para quem for alvo de abuso de autoridade contra a liberdade de expressão. O serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído e que por meio de uma página na internet, poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

Continua depois da publicidade

*Com informações FolhaPress.