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A 5ª Vara da Justiça Federal de Brasília determinou a suspensão do processo de contratação da empresa que organiza o concurso público da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com 6.565 vagas abertas todo o país. A Fundação Cesgranrio, com sede no Rio de Janeiro, foi escolhida para executar a seleção dos exames. A prova objetiva, prevista para ocorrer no dia 28 de novembro, até o momento não foi cancelada.

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O Ministério Público Federal (MPF) questiona o processo de dispensa de licitação para contratação da Cesgranrio e apontou indícios de irregularidade na seleção das empresas que teriam potencial para executar a seleção pública. Segundo o MPF, a análise dos autos de contratação evidencia “várias inconsistências no processo de escolha dessa entidade”

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No site dos Correios, uma nota informa que a empresa foi notificada na segunda-feira da decisão judicial. Medidas para garantir a continuidade do processo seletivo e para manter a a data inalterada estão sendo tomadas.

A Fundação Cesgranrio informou que não iria se manifestar até ser comunicada da decisão pelos Correios.

O concurso nacional dos Correios vai preencher 6.565 vagas em todo o Brasil: 5.344 carteiros, 521 atendentes, 200 operadores de triagem e transbordo e 500 analistas de nível superior.

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Em Santa Catarina, o concurso tem 199 vagas de carteiro, 27 para atendente comercial, duas para operador de triagem e transbordo e três para analistas de ensino superior.

Prova já havia sido adiada

O concurso já havia sido adiado de setembro para novembro. Em agosto, o presidente dos Correios, David José de Matos, atribuiu a decisão à complexidade da seleção, em entrevista ao Grupo RBS. Na época, a Fundação Cesgranrio havia assinado contrato com os Correios há apenas duas semanas. Matos classificou a data anunciada pela antiga diretoria da estatal, demitida pelo governo no final de julho, como “tremendamente perigosa” e também alegou questões de segurança para adiar a aplicação das provas.