A Justiça Federal rejeitou o recurso em que a Casan alegava estar tomando medidas para diminuir a poluição do Rio do Braz, em Canasvieiras. Em sua decisão, assinada na noite de terça-feira, o juiz Marcelo Krás Borges fez duras críticas à companhia e ressaltou que “é público e notório que o rio ainda se encontra poluído, não havendo um bom funcionamento da Estação Elevatória da Casan”.
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Em maio de 2016, a Justiça obrigou a Casan a tomar medidas urgentes e eficazes para evitar o extravasamento de esgoto no Rio do Braz, que afeta a praia de Canasvieiras e os rios no entorno da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do norte da Ilha. A ordem acatou uma liminar do Ministério Público Federal baseada em laudo técnico expedido pela perita contratada pela Justiça, a engenheira ambiental Bernadete Regina Steinwandter, que aponta a Casan como uma das principais responsáveis pela poluição no rio.
A Casan contestou diversos pontos do laudo pericial, porém, conforme o juiz, “a poluição do curso d’água e o mau funcionamento da Estação da Casan é flagrante e notória, sendo impossível banhar- se na praia, sob pena de contaminação”.
Na decisão, o juiz ainda intimou a perita responsável pelo laudo técnico para prestar últimos esclarecimentos do Ibama e ICMBIO e deu o prazo de 15 dias para as alegações finais das duas partes.
A Casan informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai aguardar receber a manifestação para se pronunciar. Porém, adianta que está realizando ações para estimular ligações corretas de esgoto na região.
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