A Justiça prorrogou por mais 30 dias a investigação da Corregedoria da Polícia Civil sobre o falso testemunho no caso das crianças esquartejadas em Novo Hamburgo. O prazo para concluir o inquérito é dia 17 de março e, até lá, será marcado o depoimento do delegado Moacir Fermino, que foi afastado das funções por um mês após ter dito que teve uma revelação divina sobre sacrifícios das vítimas em suposto ritual satânico em Gravataí.

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O delegado Marcos Meirelles preferiu não dizer quando será o depoimento de Fermino, responsável por comandar parte das investigações que apontaram sete suspeitos, sendo cinco presos. Todos tiveram as prisões revogadas por falta de provas técnicas.

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A polícia descobriu que três testemunhas mentiram após afirmarem terem sido coagidas. Um homem, responsável por induzir as testemunhas, foi preso. A Corregedoria quer descobrir agora o motivo que levou este grupo a inventar a história de magia negra e ainda qual o tipo de envolvimento de Fermino neste caso.

Dezessete pessoas já foram ouvidas e são aguardos resultados periciais. Em relação às crianças esquartejadas, o delegado Rogério Baggio, da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, está reavaliando todas as provas e depoimentos para iniciar novas linhas de investigação. Os dois irmãos, entre oito e 12 anos, ainda não foram identificados.

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