Uma liminar da Justiça determinou a interdição total do prédio do Samu em Florianópolis. A instalação, localizada na Rua Presidente Coutinho, no Centro de Florianópolis, é antiga e apresenta problemas. A Vigilância Sanitária constatou uma série de irregularidades – como falta de higiene e segurança – que levaram ao pedido. O Estado tem cinco dias para recorrer da decisão. Enquanto isso, a base segue funcionando normalmente.

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A promotora de Justiça Sonia Maria Piardi, que entrou a ação civil pública contra o Estado, explica que de maneira alguma o Ministério Público pede a paralisação do serviço, mas sim a transferência para um local adequado.

– Esta ação tramita desde 2008, e o Estado não está cumprindo as exigência da Vigilância para adequar o prédio. Faltam condições de trabalho para os profissionais e principalmente de higiene, já que os materiais são altamente contagiosos e precisam de uma desinfecção adequada – explica.

Uma médica do Samu que prefere não se identificar diz que são comuns ratos e mau cheiro.

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– Fazemos plantões de 12 horas, as instalações são péssimas e até evito de usar o banheiro – comenta ela.

A Vigilância Sanitária já fez várias autuações, desde 2005, apontando a precariedade do prédio. Uma liminar de dois anos atrás determinava que o Estado fizesse adequações do local, porém nada foi feito.

A Secretaria de Saúde divulgou uma nota na manhã desta terça-feira informando que Estado ainda tem prazo legal para recorrer, e que está, desde fevereiro, buscando novas e mais adequadas locações de imóveis para as unidades do SAMU, além de estudar mudanças no modelo de gestão.

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