A Sala Constitucional da Costa Rica deu ao governo um prazo de dois meses para adotar medidas urgentes de proteção do Parque Nacional Corcovado, a principal reserva biológica do país, afetado por atividades ilegais de caça e de extração de ouro e madeira.

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Divulgada nesta quinta-feira (2), a decisão ordena que o Sistema Nacional de Áreas de Conservação (Sinac) e os ministros da Segurança e da Fazenda apresentem um plano “que garanta a vigilância e a proteção permanente do Parque Nacional Corcovado e da Reserva Florestal Golfo Dulce”.

O máximo tribunal acolheu um recurso da organização ambientalista Fecon, que denunciou atividades maciças de extração de ouro, corte de árvores e caça clandestina, as quais causam graves danos e violam as leis ambientais.

Segundo a Fecon, cerca de 400 mineiros usam maquinário pesado e dinamites para remover os materiais do fundo dos rios, aproveitando a falta de controle efetivo das autoridades.

Com uma extensão de 41.788 hectares, o Parque Nacional Corcovado foi qualificado pela revista National Geographic como “uma das zonas biologicamente mais intensas do mundo”.

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A importante reserva, que fica 335 km ao sudoeste de San José, conta com mais de 500 espécies de árvores, 140 espécies de mamíferos, 40 espécies de peixes de água doce e 117 anfíbios, conforme estudos científicos reconhecidos oficialmente.

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