O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) negou o pedido de revisão da condenação do ex-deputado estadual, Nilson Nelson Machado, o Duduco. O ex-parlamentar foi condenado por estupro de vulnerável e ato libidinoso na primeira instância, em 2017, e na segunda, em 2019. A pena inicial foi de 31 anos de prisão, mas foi revista para 25 anos após recurso ao TJSC.
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A defesa do ex-deputado apresentou um pedido de revisão da condenação com base em depoimentos de um dos filhos. Ainda criança, o rapaz teria dito à polícia que sofreu abuso do pai, mas agora, com 23 anos, ele teria gravado um vídeo, firmado uma declaração pública e procurado a imprensa para se retratar. Segundo a defesa de Duduco, o rapaz teria dito perante o juiz que foi obrigado a mentir para a polícia a mando de terceiros.
Mesmo com a retratação do rapaz, o pedido de revisão foi negado em análise feita nesta quarta-feira (29).
“Na data de hoje a revisão foi julgada improcedente pelo Tribunal de Justiça, cujo acórdão ainda não foi disponibilizado às partes, mas será objeto de análise e dos recursos cabíveis, pois a defesa acredita e está convicta da inocência de Duduco”, diz uma nota divulgada pelos advogados do ex-parlamentar, Hélio Brasil e Deivid Prazeres.
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O processo tramita em segredo de justiça e, por isso, não teve mais detalhes divulgados. A denúncia contra Duduco relata que a partir de 1998 ele teria passado a coagir um dos meninos abrigados em sua entidade filantrópica e abusar sexualmente dele.
Em nota, a defesa do ex-deputado afirma que ele criou 73 filhos adotivos e foi absolvido das outras acusações contra ele, que teriam sido feitas por desafetos, segundo os advogados.
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