O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Nego Di. O influenciador é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro e fraude e está preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) desde o dia 14 de julho. O ex-BBB foi detido em Florianópolis.
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A decisão, publicada na última sexta-feira (26), é da juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, Patrícia Pereira Krebs Tonet. Para a magistrada, a defesa não apresentou novos argumentos capazes de afastar os fundamentos considerados pelo Juízo, no decreto prisional, os quais, inclusive, foram confirmados em 2º grau, em liminar proferida em habeas corpus.
Como patrimônio de Nego Di pode ser usado para ressarcir vítimas de golpe
Nego Di é investigado há cerca de dois anos por suspeita de ter vendido produtos eletrônicos e eletrodomésticos na loja online Tá Di Zueira e não entregá-los. De acordo com informações da GZH, em 2022, o humorista prestou depoimento à polícia e alegou ter sido vítima de estelionato praticado pelo então sócio, Anderson Bonetti, que, segundo a versão dele, seria o verdadeiro proprietário da loja. Di informou ter sido contratado apenas para fazer propaganda da loja.
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Bonetti foi detido uma semana após a prisão do ex-BBB. Ele estava escondido em um hotel de Bombinhas quando foi abordado. A investigação apurou que Anderson Boneti era o mentor do estelionato.
Nego Di e Bonetti são suspeitos de lesarem mais de 370 pessoas em vendas pela loja online no período de de março a julho de 2022. Conforme a investigação, usuários relataram que adquiriram produtos diversos – televisores, celulares, eletrodomésticos – pela página virtual, mas não receberam os itens e, tampouco, obtiveram a devolução dos valores pagos.
Veja fotos do que foi apreendido em operação
O que diz a defesa de Nego Di
A defesa de Nego Di, composta pelas advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch, se manifestaram sobre a decisão em nota pelas redes sociais. Leia o texto na íntegra:
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“A defesa de Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, lamenta que tenha sido negado o seu pedido de revogação da prisão preventiva. Juridicamente, não há fundamentos sobre os fatos narrados na denúncia para manutenção da prisão. Cabe ressaltar, ainda, que a Juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas não considerou que já há uma grande quantia paga às supostas vítimas.
É de conhecimento público as ações realizadas por Dilson durante o estado de calamidade pública que assolou o Rio Grande do Sul, bem como as manifestações dele relacionadas à inércia do Poder Público nas medidas necessárias para salvar vidas naquele momento. Chama a atenção da defesa a coincidência de instauração de procedimento para investigação de lavagem de dinheiro e o andamento da ação de estelionato, que teve início em 2022, com relatório final da autoridade policial em agosto de 2023, mas só em maio deste ano começou a tramitar com pedidos relativos à prisão preventiva.
Lamentamos o pré-julgamento e espetacularização do caso, principalmente, daqueles que são responsáveis por conduzir as investigações. Registra-se, ainda, a preocupação com os constantes vazamentos de informações do processo que tramita em segredo de justiça, sem que exista um posicionamento claro da Justiça quanto a isso, nem qualquer movimento para estancar essas falhas.
A defesa seguirá trabalhando e acreditando na justiça, com total confiança na inocência de Dilson e no real esclarecimento dos fatos que envolvem as acusações.”
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