Com situação cada vez mais crítica dentro e fora de campo, o Botafogo parece fora de rumo. O time perdeu para o Palmeiras na última quarta-feira (por 1 a 0, no estádio do Maracanã) e passou a ocupar a lanterna do Campeonato Brasileiro.

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Nesta quinta, para piorar a situação, a Justiça negou pedido para que o Sindicato dos Empregados em clubes do Estado do Rio (Sindeclubes) conseguisse a liberação de R$ 2,5 milhões, referentes à cota de transmissão de jogos pela TV, para o pagamento dos salários dos jogadores.

Desta forma, os jogadores completaram três meses de atraso de salário na carteira de trabalho. Com relação a direitos de imagem, já estão há sete meses sem receber. A diretoria teme que alguns atletas entrem na Justiça contra o clube, como ocorreu recentemente com o lateral-direito Lucas.

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Quem indeferiu o pedido foi a juíza Marcia Regina Leal, da 37ª Vara do Trabalho do Rio. A expectativa entre dirigentes do clube é que ela autorizaria a liberação da verba.

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É nesse clima que o time viaja para Manaus, onde enfrentará neste sábado o Corinthians, pela 28ª rodada do Brasileirão. O mandante da partida é o time carioca. Uma nova derrota deixa o clube alvinegro do Rio mais próximo ainda da queda à Série B.

Esperança

Menos de 24 horas depois de mais uma derrota, o Botafogo se reapresentou nesta quinta e já começou a pensar no próximo compromisso. Os jogadores confiam em uma vitória para dar um novo ânimo ao time carioca.

– O clima não mudou, mas a questão é que todo mundo fica chateado com a situação. O presidente veio para nos dar força e não podemos abaixar a cabeça agora. Um bom resultado contra o Corinthians muda as coisas e a fase vira. É possível ter um clima positivo de trabalho – declarou o zagueiro Matheus Menezes.

O Botafogo venceu somente uma das últimas nove partidas e está em último, com 26 pontos. Para piorar, o clube enfrenta uma grave crise extracampo, com salários atrasados e jogadores dispensados na semana passada. É em meio a esta situação caótica que Matheus Menezes vive um momento que deveria ser dos mais felizes da carreira: a conquista de espaço entre os profissionais.

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– A gente não escolhe a oportunidade. Apareceu agora e, independente da fase, vejo de uma forma positiva. Acredito que fiz dois jogos de nível regular para bom e espero ajudar o time – comentou o jogador, que assumiu a titularidade depois da demissão de Bolívar.

* Estadão Conteúdo