A juíza da 1ª Vara Criminal de Joinville, Karen Reimer negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Marcelo Buss Bernardes, acusado de matar o enteado Ítalo Fernandes de Mattos, de um ano e sete meses.
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Após receber o parecer contrário do Ministério Público, a juíza concordou com a promotoria e indeferiu o pedido da defesa, alegando que as evidencias apontam que o homicídio foi doloso (com intenção de matar) e grave, já que a vítima não tinha condições de se defender, razões que justificariam a prisão do acusado até o julgamento.
A audiência de instrução e julgamento está agendada para o próximo dia 6, quando o réu, testemunhas de acusação e defesa devem ser ouvidos. E, por se tratar de crime contra a vida, o caso irá a júri popular. No pedido de liberdade provisória, a defesa reforçou a tese de Marcelo de que a criança teria sido vítima de um acidente doméstico.
Segundo Marcelo, Ítalo teria caído de uma cadeira e batido com a cabeça numa mesa, onde brincava no computador. Mas, conforme o laudo da reconstituição do crime, as lesões que a criança apresentava nas costas e na cabeça, evidenciadas no laudo cadavérico, seriam incompatíveis com a versão de queda acidental.
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– Os indícios são de agressão e mostram que o crime beira à tortura – afirma o promotor Marcelo Mengarda, que apresentou parecer contrário à libertação de Marcelo.