A juíza da 1ª Vara Criminal, Karen Francis Schubert Reimer, recebeu nesta sexta-feira a denúncia do Ministério Público contra os três torcedores presos em flagrante na briga entre as torcidas do Vasco e Atlético Parananse, na Arena Joinville.
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Além disso, a magistrada negou o pedido de revogação da prisão preventiva feita pelos advogados de defesa. Com a decisão judicial, os torcedores Arthur Barcelos Lima Ferreira, Jonathan Fernandes dos Santos e Leone Mendes da Silva continuam presos durante o andamento do processo.
– Entendo que, ao menos por ora, é conveniente a segregação dos acusados para manutenção da ordem pública, para que se afaste da sociedade pessoas fazem do crime seu meio de vida e para que se evite que a soltura dos acusados sirva de estímulo para que persistam em práticas ilícitas – diz a decisão da juíza.
Os três foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado _ por motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima; dano ao patrimônio público; e por incitação e prática à violência _ crime previsto no Estatuto do Torcedor.
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A tentativa de homicídio seria contra a vítima Estevam Vieira da Silva que pertencia a torcida rival. Ele teria sido agredido enquanto estava caído em uma das fileiras da arquibancada
Além dos crimes citados, o torcedor Arthur foi denunciado por roubo e lesão corporal grave. De acordo com a denúncia, ele teria roubado o tênis e a bermuda de Estevam com emprego de força física e teria agredido outro torcedor. As lesões corporais foram comprovadas por meio de laudo pericial.
Os torcedores permanecem presos em uma cela da Penitenciária Industrial de Joinville.
Investigação
O inquérito policial que apura a participação dos demais torcedores na briga entre Vasco e Atlético Paranaense está em fase de identificação e qualificação dos envolvidos.
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Contraponto
Arthur Barcelos Lima Ferreira e Leone Mendes da Silva
O advogado de defesa Márcio da Maia Vicente que entrou com pedido de revogação da prisão preventiva considera que os dois torcedores foram vítimas.
-Eles são réus primários e nunca se envolveram com nada e nem faziam parte de torcida organizada. Eles foram acuados pela torcida adversária e serviram de escudo para defender crianças, idosos e mulheres que estavam lá. Houve o ataque, mas faz parte da situação, foge da razão, são todos trabalhadores, um é estudante e o outro barbeiro-, destacou.
Márcio alega que por serem réus primários, terem endereço fixo e emprego não justifica a prisão preventiva.
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Jonathan Fernandes dos Santos
O advogado Rogério Antunes Rayol também entrou com pedido de revogação da prisão preventiva. A reportagem não conseguiu contato com ele. Os telefones não constam no cadastro nacional da OAB.
