A Justiça marcou para as 14h do dia 17 de julho a audiência de instrução e julgamento de Pietro Gusen, 25 anos, réu pelas mortes de duas mulheres em uma colisão na SC-401, em Florianópolis, em 6 de maio. Preso preventivamente, ele responde por duplo homicídio qualificado e, se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos por cada uma das mortes, além da pena por embriaguez ao volante, de seis meses a três anos de prisão.

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Testemunhas de defesa e acusação, além do acusado, serão ouvidas na Sala de Audiências da Vara do Tribunal do Júri . Se considerar que não há necessidade de júri, o juiz pode determinar a sentença de Pietro no mesmo dia. Entre as testemunhas estão policiais que atenderam a ocorrência, bombeiros que socorreram às vítimas, dois motoristas que pararam para ajudar após o acidente e um especialista em veículos e velocidade.

Ao G1 SC, o advogado Marcos Paulo Silva dos Santos, que defende Pietro, disse que o acusado havia ingerido bebida, mas não estava com os reflexos alterados.

— Ele ingeriu uma quantidade ínfima de bebida a 0h e dirigiu só às 5h. Se ele estava ou não com sono na hora do acidente vai ser discutido na audiência —, declarou, apontando também as más condições da rodovia como fator que favorece os acidentes.

Acidente em maio

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No acidente, morreram Rosymere Maria Martiolli Rodrigues e Solange Dutra Pereira. Ambas estavam em uma moto. Elas seguiam para o trabalho, quando nas proximidades do Cemitério Jardim da Paz, no bairro Monte Verde, foram atingidas na traseira pelo Uno conduzido por Pietro. Ele parou no local e prestou socorro, segundo a denúncia do MP. O teste do bafômetro acusou 0,68 miligramas de álcool por litro de ar expelido.

O MP afirma na denúncia aceita pela Justiça que o acusado estava em uma festa momentos antes do acidente em Jurerê Internacional. Sérgio Murilo Rensi, um dos policiais que atendeu a ocorrência, relatou a condição de Pietro quando a viatura da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) chegou ao local: “aparentava estar embriagado, com odor etílico, olhos vermelhos”. Na delegacia, Pietro se recusou a falar. Disse que só daria informações perante o juiz.

Colaborou Antonio Neto