O desembargador Hélio do Valle Pereira chamou prefeitura e servidores municipais de Florianópolis para uma audiência às 14h desta segunda-feira, no Tribunal de Justiça. O objetivo é buscar uma conciliação.
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Os funcionários estão em greve desde quinta-feira, em protesto contra o projeto encaminhado à Câmara de Vereadores em regime de urgência que autoriza o município a contratar Organizações Sociais para operar creches, unidades de saúde e outros serviços.
O encontro terá participação restrita a representantes do Sindicato e procuradores da prefeitura. O desembargador determinou o retorno total dos trabalhadores da educação e parcial dos servidores da saúde.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) afirma que usará as 72 horas concedidas pela Justiça para se manifestar e recorrer. “A argumentação da prefeitura é muito frágil. Dizem que a gente não negociou. Quem encaminhou projeto direto para a Câmara sem negociar foi a prefeitura”, afirma o presidente do Sintrasem, Rene Munaro, em entrevista ao Notícia na Manhã. Muraro diz que está aberto ao debate, mas reclama que vereadores da base querem que o projeto tramite em regime de urgência urgentíssima. Segundo a entidade, a adesão à greve é de 70%.
O secretário de Administração, Everfson Mendes, afirma que a contratação de OS é a única alternativa para abrir a UPA do Continente, que está pronta, e as oito creches que ficarão prontas entre 2018 e 2019. Ele afirma que o Sindicato sabia das condições fiscais e contábeis do município. Para Mendes, a prefeitura tem feito medidas de austeridade: “Ninguém mais usa veículo nem celular,. Cada um usa o seu. A prefeitura também renegociou todos os alugueis”, argumenta.
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Ouça a entrevista do presidente do Sintrasem, Renê Muraro, ao Notícia na Manhã
Ouça a entrevista do secretário de Administração, Everson Mendes, ao Notícia na Manhã