A Justiça manteve a prisão do trio acusado de agredir Deivid Duarte da Silva, 20 anos, até a morte em um posto de combustível de Palhoça, na Grande Florianópolis. O homicídio ocorreu no dia 17 de outubro, do bairro Aririú, quando a vítima chegou ao estabelecimento para abastecer seu carro. A decisão foi assinada no fim da tarde dessa quinta-feira (24).

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Denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) pela prática de homicídio qualificado, por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, os três homens pediram a revogação das prisões preventivas.

A defesa dos réus argumentou que não havia motivos para mantê-los presos, já que todos possuem trabalhos lícitos, residência fixa e são primários. Também sustentou que os três não fugiram do local ou buscaram dificultar as investigações.

A juíza Cintia Werlang, por sua vez, negou o pedido. No despacho, destacou que os três devem ser mantidos presos para garantir a ordem pública e, também, para impedir que prejudiquem a instrução criminal. Conforme observado pela juíza, testemunhas informaram à autoridade policial que foram impedidas de auxiliar a vítima no dia dos fatos.

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Na decisão, a magistrada reforçou que houve um crime grave, brutal e de repercussão: "A soltura prematura dos réus levará à sensação de que suas condutas não foram reprováveis e encorajará atos de vingança privada, o que não se pode permitir", anotou a juíza.

Relembre o caso

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(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Deivid Duarte da Silva, 20 anos, foi morto no dia 17 de setembro em um posto de combustível no bairro Aririú, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Três suspeitos foram presos em flagrante e indiciados por homicídio qualificado, conforme a Polícia Civil.

Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima estava abastecendo o carro no posto, quando foi surpreendida inicialmente por três pessoas, que usaram objetos como capacetes, durante o ataque. As agressões começaram por volta de 13h30min, conforme a ocorrência.

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Testemunhas relatam que o morador de Palhoça foi agredido por aproximadamente 40 minutos, sem conseguir se defender, e que cerca de 10 pessoas participaram do linchamento. Algumas pessoas tentaram conter as agressões, segundo a PM, mas foram ameaçadas pelos agressores.

Por volta das 16h25min, equipes da Polícia Civil, do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Instituto-Médico Legal (IML) estavam no local para apurar a situação.

Assista à entrevista com o delegado:

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