A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) confirmou a condenação do homem acusado de matar o jornalista Clóvis Willian dos Santos, 44 anos, em janeiro deste ano no Sul de Santa Catarina. Na decisão em segunda instância, divulgada nesta quarta-feira (9), a pena do réu foi mantida em 22 anos, em regime fechado.

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Militar do exército na 3ª companhia do 63º Batalhão de Infantaria, em Tubarão, o homem havia sido preso preventivamente pouco mais de uma semana depois do homicídio. Ele foi condenado pelos crimes de latrocínio, tentativa de ocultação de cadáver e corrupção de menores, porque teria praticado o crime com o auxílio de dois adolescentes, ambos de 17 anos.

Conhecido como "Mukirana", o jornalista Clóvis Willian dos Santos era de Tubarão e atuava como DJ e apresentador. Ele foi encontrado morto no dia 7 de janeiro na Praia do Gi, em Laguna.

O réu havia recorrido da decisão em primeira instância, pedindo absolvição pela ausência de provas e requerendo a desclassificação do crime de latrocínio para homicídio ou lesão corporal seguida de morte, alegando que o objetivo não era matar a vítima. Porém, em decisão unânime, os desembargadores da 3ª Câmara Criminal confirmaram a sentença de 22 anos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MPSC), o DJ e apresentador levou os três suspeitos para dar uma volta de carro na praia com a intenção de consumir drogas. Já o réu e os adolescentes estavam interessados em ficar com o veículo dele, que foi encontrado horas depois abandonado em Tubarão.

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Ainda conforme a denúncia, o jornalista foi surpreendido com socos e chutes enquanto dirigia, e acabou desmaiando após ser asfixiado. A vítima foi amarrada, colocada no bagageiro do veículo e, após uma manobra brusca do condutor, teve o corpo arremessado do porta-malas. O laudo apontou que a morte foi causada por traumatismo craniano. Depois, os agressores jogaram o corpo do DJ no mar.