A Justiça determinou a reabertura da investigação sobre o assassinato da jovem Suelen Sabino Alves, 21 anos, em Florianópolis, morta a tiros na Avenida Beira-Mar Norte, em 2011. O inquérito policial estava arquivado por falta de provas havia quatro meses.

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O motivo do desarquivamento são novas suspeitas obtidas pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) durante a Operação Pequeno Príncipe, que prendeu alguns dos principais líderes do tráfico de drogas em setembro.

No grampo telefônico sobre investigados, surgiram conversas que mencionariam a morte de Suelen. Nos diálogos, conforme a polícia, um investigado cita valor em dinheiro, cuja finalidade a polícia suspeita que tenha relação com a execução da jovem.

A partir dos indícios, o Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) pediu a reabertura do inquérito, deferida em outubro pelo juiz Paulo Marcos de Farias, da Vara do Tribunal do Júri. O inquérito está com o MPSC. Se houver a necessidade de novas diligências ou interrogatórios, a investigação será remetida à Delegacia de Homicídios.

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Suelen foi executada a tiros na noite de 1o de dezembro de 2011, dentro do carro que dirigia, um Citroën Air Cross. Os atiradores estavam num veículo escuro. Adriana Sabino Alves, mãe de Suelen, estava de carona e também foi baleada, mas sobreviveu.

O crime estaria ligado ao comando de pontos de venda de drogas no Bairro Pantanal. Isso porque Suelen era filha do traficante Paulo Cesar Alves, o Cesinha, que também foi assassinado a tiros, em 2009, num campo de futebol.

A Delegacia de Homicídios não conseguiu reunir provas e incriminar ninguém pela morte. Por isso, o caso havia sido arquivado.

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Os novos documentos da Deic sugerem que a execução teria sido encomendada supostamente pelo grupo do traficante Marcos Vieira Francisco, o Marquinhos, preso por tráfico de drogas pela Deic numa mansão em Palhoça. Marquinhos nega qualquer envolvimento com a morte.

A Deic ainda não concluiu o inquérito da Pequeno Príncipe. Segundo o delegado Cláudio Monteiro, faltam interrogatórios e o recebimento dos dados da quebra dos sigilos bancários e fiscal dos presos. Marquinhos está preso na Deic.

A operação chamou a atenção pelos bens avaliados em mais de R$ 20 milhões do bando, além de carros importados de luxo apreendidos na Grande Florianópolis e em Foz do Iguaçu (PR), fronteira com o Paraguai, que foram trazidos pela Deic a Florianópolis.

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