A Justiça Federal anulou, através de uma liminar, todas as alterações estatutárias feitas na última Assembléia Geral Extraordinária da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), realizada no dia 4 de novembro. A medida foi tomada atendendo pedido de integrantes da entidade que seriam julgados numa sessão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBC. Segundo o despacho do juiz, a assembléia foi considerada irregular por não respeitar o quorum mínimo, de dois terços das 27 federações. Apenas 13 representantes participaram. Na sessão anulada seriam julgados sete processos, entre eles, os da suspensão das federações de Santa Catarina, Amapá e Rio Grande do Sul, e de seus respectivos presidentes João Carlos de Andrade, Antônio Carlos da Silva e Rogério Scheidt, por 60 dias. A eleição para a presidência da CBC está marcada para o dia 16 de janeiro e os três dirigentes fazem oposição ao candidato à reeleição, José George Breve, que concorre com o empresário Bruno Caloi, ex-presidente da entidade. Suspensos, não poderiam participar da votação. – Nossa entidade virou um grande circo, não se tem respeito a nada. O Conselho Fiscal é formado pelos amigos e pela esposa do presidente, o ex-STJD renunciou, o vice-presidente da Confederação renunciou, a formação atual do Superior Tribunal de Justiça Desportiva saiu de não sei onde. Que legitimidade tem esse poder? – questionou Andrade, que, além da Federação Catarinense, é também presidente do Conselho Fiscal da Confederação.

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