Motivado pelo abandono do Zoológico Cattoni-tur, em Salete, no Alto Vale do Itajaí, a Justiça Federal em Santa Catarina decretou a indisponibilidade da sede do empreendimento onde funcionava o zoo. Ou seja, os proprietários estão impedidos de vender, alugar ou fazer qualquer outro tipo de atividade com o imóvel.
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A situação mais grave diz respeito aos animais, que chegaram a ficar sem cuidados e com falta de comida. Na última semana, um tigre-de-bengala morreu em razão de desnutrição.
A medida foi requerida pelo Ibama, que interditou o local em dezembro por falta de segurança e bem-estar dos animais, e pode ser tomado pela Justiça em caso de eventual condenação à indenização.
A decisão foi decretada na segunda-feira pelo Juiz Marcelo Roberto de Oliveira, da Vara Federal de Rio do Sul. Na mesma decisão, o juiz atendeu ao pedido de remoção dos 30 animais que ainda restam no zoológico e dos respectivos recintos.
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A ação foi proposta pelo Ibama na quinta-feira da semana passada, quando a juíza Marta Weimer, anunciou a decisão que obriga a empresa a garantir assistência integral aos animais.
Os representantes legais da empresa devem ser intimados por meio de carta precatória expedida para a Justiça Federal em São Paulo. Segundo o Ibama e o oficial de Justiça que esteve no zoológico, a situação dos animais é de abandono.
Dos 215 bichos, entre tigres, hipopótamo, lhamas e pumas, que haviam em dezembro, quando o local foi interditado após a fuga da elefanta Carla, restaram apenas 30. Os animais foram encaminhados para várias cidades do país.