O homem que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018, Adélio Bispo de Oliveira, foi considerado inimputável — quando uma pessoa é incapaz de discernir sobre seus atos — pela 3ª Vara Federal de Juiz de Fora. Com isso, se for condenado, deve cumprir pena em manicômio judiciário. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (27) e divulgada por meio de nota oficial.

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Segundos os laudos pedidos pela Justiça, o agressor tem uma doença chamada transtorno delirante permanente (antigamente chamado transtorno paranoide). Em entrevistas com psicólogos e psiquiatras, Adélio teria afirmado que não cumpriu sua missão, e que iria matar o presidente assim que saísse da cadeia.

Segundo a nota da 3ª Vara Federal, "todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente". A acusação também contratou peritos, que diagnosticaram a mesma doença.

"Quanto à avaliação sobre a capacidade de entendimento do caráter ilícito do fato e a capacidade de determinação do acusado, suas conclusões oscilaram entre a inimputabilidade e a semi-imputabilidade."

Na mesma decisão, o juiz determinou a permanência de Adélio em presídio federal até o julgamento da ação penal. O local, conforme o psiquiatra assistente de defesa, tem condições adequadas para realizar o tratamento necessário para a doença.

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Agora, serão intimados o assistente da acusação e a defesa de Adélio Bispo de Oliveira.