O juiz corregedor do Sistema Prisional de Joinville, João Marcos Buch, determinou às secretarias de Justiça e Cidadania e Segurança Pública para que tomem providências quanto a permanência de presos, em condições precárias, nas celas da Central de Polícia, em Joinville. O Estado tem um prazo de 48 horas para cumprir com a decisão.
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O magistrado considerou, após vistoria na delegacia, na manhã de ontem, o local insalubre para a permanência de presos além do prazo necessário, que normalmente seria durante o procedimento do flagrante.
Até o final da tarde desta terça-feira, havia 15 detidos em um espaço para oito. Alguns estão no local desde domingo. A situação chegou a um nível crítico nesta terça-feira, porque deste quinta-feira os agentes prisionais, que aderiram à paralisação estadual, se recusam a receber novos detentos no Presídio Regional de Joinville.
Entre os homens, há suspeitos de cometer estupro, roubo, furto e até presos por falta de pagamento de pensão alimentícia. Todos estão juntos em pequenas celas provisórias, onde não há ventilação e espaço para banho. A alimentação é fornecida pelos próprios familiares. A greve dos agentes prisionais tem impedido que o Presídio receba novos detentos.
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O delegado coordenador da Central de Polícia, Isaías Cordeiro, solicitou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que impetrasse um habeas corpus pedindo a liberação dos presos por violação de direitos humanos.