Foi adiado para a próxima sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, dia 20 de agosto, o julgamento que pode tornar réu o deputado Romildo Titon (PMDB), no inquérito da Operação Fundo do Poço. A mudança foi solicitada pelo próprio relator do caso, o desembargador José Trindade dos Santos.
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Trindade fez o pedido porque o advogado de Titon e de Luciano Dal Pizzol, empresário também denunciado no suposto esquema de fraudes de licitações, entrou com um pedido de “exceção de suspeição”, alegando que o relator não estaria sendo imparcial em suas decisões sobre o caso. O adiamento foi aceito pelos pares e, com isso, uma decisão fica para daqui a 15 dias.
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O desembargador alegou que o pedido permitirá o esclarecimento da questão antes de uma decisão conjunta. A medida seria para que não haja nenhuma desconfiança sobre as conclusões.
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A suspeição deve ser analisada em decisão monocrática pelo presidente do Tribunal de Justiça. O parecer deve sair antes da próxima sessão que julgará o inquérito, de acordo com a assessoria da instituição.
:: Advogado alega falta de acesso às provas
Foto: Marco Favero
Claudio Gastão da Rosa Filho, em entrevista após o adiamento, se negou a falar quais seus argumentos para suspeitar de Trindade, mas afirmou que o caso não poderia ser apreciado sem que seus clientes tenham acesso a todas as escutas e sem uma análise para saber se as gravações foram adulteradas. Esse último ponto vem sendo usado pelo advogado em seus argumentos de defesa desde o início da denúncia.