A Polícia Civil de Jaraguá do Sul solicitou na noite de sexta-feira a prisão preventiva dos dois suspeitos pelo crime contra o taxista Allan Tietz. O jovem de 24 anos foi chamado para realizar uma corrida de Jaraguá a Curitiba (PR) no fim da tarde de quarta-feira, 22 de novembro, e não foi mais visto. A suspeita inicial é de latrocínio — roubo seguido por morte. O carro utilizado pelo jovem foi encontrado na manhã de quinta-feira, perto da rodoviária de Curitiba.

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Segundo o delegado Eric Isaao Uratani, responsável pela investigação, o pedido de prisão preventiva foi solicitado no plantão do Foro Central e aceita durante a madrugada. Os suspeitos estão foragidos. Segundo o delegado, eles já são conhecidos pela polícia da região.

— Mas, até onde há registro, nunca haviam cometido um crime desta gravidade. Até porque são novos, acabaram de chegar à idade adulta, então nunca haviam sido presos — afirma Uratani.

O carro de Allan estava sem as rodas, sem o aparelho de som e com manchas de sangue no banco do motorista, do passageiro, no freio de mão e na porta do lado do condutor. O pai do taxista, Nelson Tietz, informou que testemunhas contaram à polícia que o veículo foi abandonado no local por dois rapazes. Ele por perícia e foi devolvido à família. O laudo deve ficar pronto no início de dezembro.

A Polícia Civil dedica-se a investigar o paradeiro dos suspeitos. Durante toda a madrugada, foram montadas campanas para tentar localizá-los. Enquanto isso, a família conta com o apoio de amigos, taxistas da região e até de pessoas desconhecidas até então para realizar buscas por Allan. O celular foi rastreado e mostrava localização em Pirabeiraba, distrito de Joinville.

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Na manhã deste sábado, o pai, Nelson, fazia rondas pelos postos de combustíveis da região para tentar encontrar imagens nas câmeras de segurança que colaborassem de alguma forma na localização do jovem.

— Estamos procurando no trajeto que ele teria seguido, entre Jaraguá até Pirabeiraba e Garuva, mas não sabemos até onde ele ainda estava no carro. Está complicado, estamos “sem eira nem beira” — lamentou o pai.

Jovem se comoveu com pedido por corrida ao Paraná

De acordo com Nelson, Allan se comoveu com a situação dos homens que fizeram o pedido da corrida até Curitiba porque eles alegaram que precisavam ir a um velório após a morte de um parente. Como possuíam pouco dinheiro, ele ainda aceitou fazer um preço abaixo do normal para a dupla. A corrida começou às 17h, quando o motorista buscou os dois em uma casa. No início da noite, o pai ligou para o filho e o celular estava fora de área. Ele continuou tentando, mas o aparelho às vezes tocava e às vezes indicava estar desligado.

Assim, Nelson acionou a polícia, já que não conseguia contatar o filho. Ele também foi até a casa dos homens que contrataram o serviço, mas o imóvel estava vazio. Alguns vizinhos relataram ao pai que a dupla já tinha problemas com a polícia e moravam junto com um casal.

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