Os candidatos a prefeito dos três maiores colégios eleitorais do Estado declararam arrecadação de cerca de R$ 2,9 milhões à Justiça Eleitoral. Os números estão na segunda prestação de contas parcial. Pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral está divulgando o nome e valores doados às campanhas antes do resultado das eleições.
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Os seis candidatos a prefeito de Florianópolis declaram um maior valor à Justiça Eleitoral – R$ 1,3 milhão. Em Joinville, o valor chega a de R$ 1,1 milhão, mas não há dados sobre Leonel Camasão (PSOL). Em Blumenau, as arrecadações somam R$ 498 mil, mas ainda sem as declarações de Napoleão Bernardes (PSDB) e Osni Wagner (PSOL).
Pela lei eleitoral, só na prestação de contas final as candidaturas têm a obrigação de indicar os nomes e valores das doações recebidas. Mas neste ano, em função da Lei de Acesso à Informação, o TSE divulga em seu site os dados de doadores já informados pelas coligações.
Apesar da maior transparência, não é possível garantir que o eleitor terá acesso a todas as informações sobre financiamento. É que muitos doadores, em especial empresas, preferem fazer a doação direto ao partido.
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O artifício dificulta o rastreamento dos financiadores porque ao repassar o dinheiro para o candidato a doação passa a ser registrada em nome da direção do partido ou do comitê financeiro da campanha. As chamadas doações ocultas têm diversas motivações, e vão desde empresas que não querem ter os nomes expostos nas prestações de contas, até doadores que não querem ser cobrados por apoiar um ou outro nome.
Para tentar evitar esta manobra, juízes lançaram a campanha Doação Aberta, para pedir que candidatos divulguem a origem dos recursos transferidos por partidos e comitês.